Agripino indica Caiado para comissão especial do Impeachment e defende celeridade ao processo.

Apesar do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não acatar a proposta do DEM para instalar a comissão especial do impeachment na sexta-feira (22), o presidente da legenda já indicou os nomes do partido para atuar no trabalho da comissão. Ronaldo Caiado (membro titular) e Davi Alcolumbre (suplente) serão os democratas escolhidos para integrar a comissão do impeachment no Senado.

“São dois nomes [Caiado e Alcolumbre] de grande valia para o partido e, certamente, farão um trabalho compatível com a expectativa da sociedade. Eles vão saber representar bem a linha do nosso partido que é de oposição responsável”, disse Agripino.

Durante os debates no plenário do Senado, Agripino demonstrou aos colegas preocupação com os impasses estabelecidos entre governo e oposição. O líder da oposição lembrou a necessidade de acelerar o processo de instalação da comissão para agilizar também as soluções para crise econômica do país.  “Nosso país é uma nação sangrando. Se eu fosse médico, diria que o Brasil, hoje, é mais ou menos um paciente anestesiado, deitado numa mesa de cirurgia com o abdômen aberto, à espera de socorro e apavorado com a possibilidade da contaminação de bactérias em volta, que podem provocar septicemia no organismo”, ressaltou o líder democrata lembrando que a crise se aprofunda a cada dia no país.

“Nós temos que ser rápidos, em benefício de quem? De um novo governo? Não! Em benefício do País, de soluções para a crise do Brasil. A cada dia, a cada semana que passar, a crise vai ser mais profunda e mais difícil vai ser a recuperação”, concluiu.

O RITO

O Senado deve instalar uma comissão especial para analisar se Dilma cometeu crime de responsabilidade ao praticar as chamadas “pedaladas fiscais” com o objetivo de melhorar artificialmente as contas públicas. Em seguida, a questão será submetida ao plenário. Caso a maioria dos senadores decida abrir o processo, Dilma será afastada imediatamente por até 180 dias, enquanto a Casa analisa se há provas para cassar seu mandato em definitivo. Renan Calheiros deseja realizar essa votação entre os dias 10 e 13 de maio.

Fotos: Mariana Di Pietro

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