Alto escalão de Lula tem, por enquanto, apenas uma mulher

Embora a bandeira da diversidade seja constantemente citada pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o petista indicou, até o momento, apenas uma mulher para compor os ministérios do próximo governo: a cantora Margareth Menezes, que chefiará o Ministério da Cultura.

Até agora, seis nomes foram nomeados: Fernando Haddad (Fazenda), Flávio Dino (Justiça), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Rui Costa (Casa Civil) e José Múcio (Defesa), além de Aloizio Mercadante, que será presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Para o Ministério das Relações Exteriores, havia a expectativa de que Lula indicasse, pela primeira vez na história do país, uma chanceler — o que não se concretizou. Em vez disso, o presidente eleito nomeou a embaixadora Maria Laura da Rocha como secretária-geral do Itamaraty, o segundo posto da hierarquia. Ela será a primeira mulher a exercer a função.

Apesar de abordar a pauta da inclusão feminina frequentemente durante a campanha presidencial, a falta de representativadade das mulheres chama a atenção. Entre a extensa equipe de transição do novo governo, com mais de 900 integrantes — a maioria atuando de maneira voluntária —, a taxa de coordenadoras dos grupos de trabalho foi de apenas 32%: 132 mulheres, de um total de 424 coordenadores.

O plano de governo de Lula, inclusive, trazia a proposta de criação do Ministério das Mulheres, mas a expectativa das apoiadoras e eleitoras é de que a participação delas não fique restrita à pasta específica de políticas para mulheres.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) foi uma das principais apoiadoras, ao lado da deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) e da também senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).

É esperado que Lula anuncie mulheres à frente de ministérios estratégicos nos próximos dias. Tebet é uma das cotadas para assumir o Desenvolvimento Social, mas enfrenta resistência de parte do PT. As pastas da Saúde e da Educação podem ser entregues, respectivamente, à pesquisadora Nísia Trindade e à governadora do Ceará, Izolda Cela (sem partido).

Com informações de R7

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