‘Ameaça de ataque terrorista afasta Jair Bolsonaro de debates’, diz General Heleno

O general da reserva do Exército Augusto Heleno afirmou, em vídeo divulgado na tarde desta quinta-feira, 25, no Twitter que o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, não vai comparecer a debates antes do segundo turno das eleições porque há uma ameaça de ele ser alvo de um “atentado terrorista” que estaria sendo articulado por uma “organização criminosa”.

O vídeo com a fala de Heleno foi divulgado no Twitter em uma conta intitulada “General Mourão”, em referência ao candidato a vice-presidente da chapa, o também general da reserva do Exército Hamilton Mourão.

Segundo Heleno, um dos principais integrantes da campanha de Bolsonaro e já anunciado por ele como futuro ministro da Defesa, caso eleito, há uma “recomendação de que toda vez que fosse sair de casa fizesse um vasculhamento no entorno da casa dele e jamais saísse de casa com hora marcada”.

“Então, o comparecimento ao debate, que muita gente está vinculando ao medo de ele sair ou de debater com o (Fernando) Haddad, não se trata disso. Ele está realmente ameaçado, não é um mero tiro de snipper, é um atentado terrorista onde tem uma organização criminosa – que não vou citar o nome por motivos óbvios – envolvida, comprovada por mensagens, por escutas telefônicas, então isso é absolutamente verídico”, disse.

Não é a primeira vez que tentam atribuir ataques e ameaças a Bolsonaro a organizações criminosas. Na quarta-feira, 24, o presidente do PSL, Gustavo Bebianno, afirmou que existem “fortes indícios” de que o atentado realizado contra o candidato do PSL à Presidência, no qual ele foi esfaqueado, tenha sido articulada por membros do crime organizado.

O debate da TV Globo – líder de audiência no país – estava previsto para ocorrer na sexta-feira, mas foi cancelado diante do anúncio do não comparecimento de Bolsonaro, líder com folga das pesquisas de intenção de voto.

Além de Mourão, a reportagem também tentou entrar em contato com Heleno a fim de obter detalhes sobre as declarações, mas também não conseguiu.

Fonte: EXAME – Por Ricardo Brito, da Reuters

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