Ana Paula Valadão será processada por crime de LGBTfobia

Foto: Instagram/Reprodução

A pré-candidata a vereadora da cidade de São Paulo pelo PSOL, Erika Hilton, vai processar Ana Paula Valadão por LGBTfobia, após a pastora mineira dizer que homossexualidade é pecado e associar a Aids aos gays. A Aliança Nacional LGBTI+ também repudiou as declarações da pastora.

Em seu perfil oficial no Twitter, Erika disse que Ana Paula Valadão é “sorofóbica, homofóbica, desinformada e mentirosa”. Afirmou, ainda, que a pastora “destila ódio e reforça preconceito e estigma contra a comunidade LGBT” e deve responder por isso na Justiça. Desde o ano passado, por decisão do STF, a LGBTfobia foi criminalizada e equiparada a crimes de racismo.

Os comentários de Ana Paula Valadão geraram protestos na internet neste sábado (12). Durante o programa de TV que apresenta, a pastora disse que homossexualidade “não é normal”. “Deus criou o homem e a mulher e é assim que nós cremos. Qualquer outra opção sexual é uma escolha do livre arbítrio do ser humano. E qualquer escolha leva a consequências”, opinou.

“A Bíblia chama qualquer opção contrária ao que Deus determinou de pecado. E o pecado tem uma consequência que é a morte. Taí a Aids para mostrar que a união sexual entre dois homens causa uma enfermidade que leva à morte e contamina as mulheres, enfim. Não é o ideal de Deus”, acrescentou Ana Paula.

A Aliança Nacional LGBTI+ também divulgou uma nota de repúdio contra as declarações de Ana Paula Valadão. A organização declarou que o discurso da pastora “beira ao absurdo, extrapolando a liberdade religiosa e de expressão, tornando-se um discurso odioso, fanático e amplamente desproposital, com consequências potencialmente desastrosas, principalmente para quem a segue”.

A nota diz, ainda, que “Ana Paula atinge toda a coletividade da comunidade LGBTI+, e principalmente a dignidade das pessoas que vivem com HIV/AIDS, colocando-as como responsáveis pela proliferação de um vírus, equiparando de maneira vergonhosa, antiquada e criminosa uma expressão legítima de amor e afeto a um ato criminoso como ceifar a vida de um ser humano”.

Por fim, a Aliança Nacional LGBTI+ diz que a fala da pastora “se assemelha aos mesmos padrões adotados por Adolf Hitler, para desumanizar setores da sociedade”.

O TEMPO

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