Após ordem de Trump, imigrantes com visto são barrados nos EUA

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O decreto do presidente Donald Trump para barrar a entrada de cidadãos de sete países muçulmanos nos Estados Unidos foi posto em prática imediatamente na noite de sexta-feira. Refugiados e imigrantes a caminho do território americano quando a ordem foi assinada foram barrados ao chegarem no país, neste sábado.

O departamento de Segurança Interna confirmou à agência Reuters que aqueles que possuem visto de residência, o green card, também estão sujeitos à medida. Cidadãos do Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen estão impedidos de entrar nos Estados Unidos ao menos pelos próximos noventa dias. Refugiados da Síria serão barrados por tempo indeterminado.

De acordo com o jornal The New York Times, dois cidadãos do Iraque com visto americano foram detidos ao desembarcarem em Nova York, na sexta-feira. Seus advogados entraram com processo judicial contra Trump e o governo americano, além de um pedido de habeas corpus para libertá-los.

Os advogados afirmaram ao Times que um dos iraquianos, Hameed Khalid Darweesh, trabalhou para o governo americano no Iraque durante 10 anos. O outro, Haider Sameer Abdulkhaleq, estava indo aos Estados Unidos para se reunir com a esposa, que trabalha para uma empresa americana, e seu filho.

Oficiais do aeroporto do Cairo, no Egito, informaram também que seis refugiados do Iraque e um do Iêmen foram impedidos de entrarem em um voo da EgyptAir com direção ao JFK, em Nova York, horas após o anúncio da medida. O grupo estava acompanhado de representantes da agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU). Por causa de acordo entre Egito e Estados Unidos, a lista de passageiros é enviada previamente às autoridades americanas.

De acordo com o Comitê Árabe-Americano Anti-Discriminação, pessoas estão preocupadas com “familiares, colegas e amigos” e receberam relatos de estrangeiros que chegaram aos Estados Unidos e foram orientados a retornarem para casa no próximo voo.

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