Após polêmica, Roupa Nova confirma que ajuda viúva de Paulinho: “Cumpri minha parte”

Elaine Soares Bastos, viúva de Paulinho — músico do Roupa Nova que morreu aos 68 anos, em dezembro de 2020, vítima da Covid-19 — disse em entrevista para a Quem que está passando por dificuldades financeiras e precisou pedir ajuda a uma amiga, que tem uma banca no comércio popular da Saara, no Centro do Rio, para conseguir uma renda extra. Após a entrevista, os integrantes do grupo afirmaram que ajudam a psicóloga e advogada desempregada com uma quantia mensal.

“O Roupa Nova sempre foi uma família que teve seus laços fortalecidos por décadas de trabalho e convivência entre seus membros. Com relação à Elaine, mesmo em tempos de pandemia que prejudicou a vida e o sustento de todos pela ausência de trabalhos, a mesma tem recebido uma quantia mensal a título de doação por parte da banda. Qualquer outra informação, especialmente vindas de quem prefere não se identificar teria dito, é inverídica”, informa o comunicado divulgado pela assessoria de comunicação do grupo a Quem.

A notícia sobre a situação de Elaine foi revelada por uma amiga ao portal Grande Tijuca. Segundo a fonte, que pediu para não ser identificada, a viúva de Paulinho estaria sem plano de saúde, tomando medicamentos antidepressivos e contando com ajuda de amigos para sobreviver. Graças às antigas amizades, ela conseguiu trabalhar como ambulante. Essa mesma fonte entregou que Elaine não vinha recebendo assistência dos integrantes do Roupa Nova nos últimos tempos.

Elaine, de 39 anos – que trava uma disputa na Justiça com os dois filhos do cantor, Twigg de Souza Santos e Pedro Paulo Castor dos Santos, a fim de ter reconhecida a união estável com Paulinho e ser incluída na divisão da herança – conversou com Quem nesta segunda (27) e confirmou receber o auxílio da banda. Ela explicou, contudo, por que nunca falou sobre o assunto antes.

“Fiquei surpresa com esse comunicado do Roupa Nova porque, em 2018, bem antes do meu marido pensar que ia falecer, ele e os outros integrantes da banda fizeram um pacto e combinaram que, se qualquer um deles falecesse, quem ficasse ia amparar a família [do falecido] em todos os sentidos. Como teve a pandemia, eles ficaram sem trabalhar, sem show, e me dão uma ajuda no valor que podem nesse momento. Mas foi feito um trato de confidencialidade e eles me pediram que isso jamais fosse divulgado nos meios de comunicação e até mesmo entre meus amigos. Foi feito um pacto em que ambas as partes não podiam falar sobre a ajuda e a minha parte foi cumprida”, explicou, indignada.

Elaine reforçou que nunca imaginou que a banda fosse divulgar que a ajuda, uma vez que eles combinaram de fazer tudo de forma sigilosa. “Eles estão me ajudando e falaram que eu não poderia, em hipótese alguma, comentar sobre a ajuda com ninguém, que esse assunto era de extrema confidencialidade. Cumpri a minha parte no trato. Senão já teria falado desde o início porque não tenho por que dizer que eles não me ajudam”, disse. “Os fãs-clubes estão me chamando de descarada e mentirosa. Fiquei difamada porque eles romperam o trato. Só que não divulguei nada porque trato é trato, quem tem caráter cumpre até o fim. Estou sendo apedrejada pelos fãs do grupo porque cumpri o acordo. Estou em tratamento e isso tudo me deixa pior. O meu psiquiatra ontem até aumentou a dose do meu remédio”, acrescentou.

Elaine destacou que a ajuda do grupo tem sido fundamental, apesar de insuficiente para arcar com todos os seus gastos mensais. “Minha mãe também me ajuda porque o valor que eles me dão não dá para arcar com os gastos com condomínio, que é exorbitante porque tem uma cota extra por causa de obra, e o IPTU, que também é alto. Além disso, tenho outros gastos com psiquiatra, medicação, plano de saúde para não ir para o SUS, coisa que meu marido nunca me desamparou. Meu marido ajudaria – com certeza – qualquer outra esposa dos integrantes do grupo, ainda que ele tivesse que vender algum bem dele para ajudar. Ele jamais deixaria esposa de sócio dele passar por qualquer que fosse a necessidade”, afirmou.

A viúva de Paulinho lamentou tudo o que está acontecendo desde que Paulinho morreu e explicou por que precisou pedir ajuda para complementar a renda. “O que eles [Roupa Nova] podem fazer não é suficiente para arcar com as despesas que sou obrigada a arcar. Porque não tenho outro lugar para morar. Se não arcar com essas despesas do condomínio e do IPTU, sou obrigada a sair do apartamento e tenho o direito real de moradia porque sou reconhecida como mulher do Paulinho com muito orgulho. O legado dele, se depender de mim, jamais será esquecido ou apagado. O Paulinho é insubstituível, só que agora não presta mais para as outras pessoas. Mas para mim ele nunca vai deixar de ser meu marido amado e idolatrado”, concluiu.

Fonte: QUEM

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