Até agora, 35% dos ministros anunciados por Bolsonaro são militares

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, tem cumprido a promessa de campanha de nomear militares para altos escalões de seu futuro governo. Até agora, 7 dos 20 ministros anunciados ocupam ou já ocuparam algum posto nas Forças Armadas. Isso corresponde a 35% do que já é conhecido de sua Esplanada.

Até esta 2ª feira (3.dez.2018), o presidente eleito havia indicado para pastas 5 nomes do Exército, 1 da Aeronáutica e 1 da Marinha. Bolsonaro chegou ao posto de capitão do Exército e tem maior familiaridade com a Força.

São ao todo 3 generais: 2 de Exército e 1 de divisão do Exército. Todos na reserva. Os generais de Exército têm 4 estrelas, portanto, uma patente superior ao general de divisão, com 3 estrelas. Há ainda 1 capitão na reserva, posto considerado intermediário. São os nomes do Exército:

general de Exército Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional);
general de Exército Fernando Azevedo e Silva (Defesa);
general de divisão Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo);
capitão Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura);
capitão Wagner Rosário (Controladoria Geral da União).
Em maio, durante a disputa eleitoral, Bolsonaro afirmava que teria “pelo menos, 5 generais em ministérios”. A frase foi repetida ao longo da campanha.

Da Marinha, foi indicado o Almirante de Esquadra Bento Costa Lima Leite, de 4 estrelas. Ele chefiará Minas e Energia.

Já da Aeronáutica, o nomeado foi o tenente-coronel Marcos Pontes para Ciência e Tecnologia. Pontes foi o 1º brasileiro a ir ao espaço. Entrou para a reserva aos 43 anos.

O número é maior do que de governos anteriores. Michel Temer (MDB), por exemplo, começou com apenas 1 militar, Sérgio Etchegoyen (GSI). Depois, ganhou mais 2: Wágner Rosário (CGU) e o general de Exército na reserva Joaquim Silva e Luna (Defesa).

VICE, 2º ESCALÃO E TRANSIÇÃO
O vice-presidente eleito na chapa de Bolsonaro também é 1 militar. General Hamilton Mourão é general do Exército na reserva. Formou-se pela Academia Militar dos Agulhas Negras em 1975, dois anos antes de Bolsonaro. Mourão ocupará a Presidência sempre que Bolsonaro deixar o país ou se afastar temporariamente do cargo.

O general deve ficar à frente do governo já em janeiro, quando Bolsonaro deverá ser submetido a uma cirurgia para remoção da bolsa de colostomia. Mourão já chamou a atenção por frases que causaram repercussão, como críticas ao 13º salário.

Bolsonaro ainda tem nomeado militares para cargos da equipe de transição. Dos 41 integrantes remunerados ou voluntários do time, 8 fazem ou fizeram parte da carreira militar.

Alguns postos do 2º escalão também podem ser preenchidos por militares: são cotados os generais Marco Aurélio Costa Vieira (Secretaria do Esporte), Maynard Santa Rosa (comando do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI)) e Floriano Peixoto Vieira Neto (comunicação oficial do governo).

O presidente eleito deve finalizar nesta semana a indicação dos nomes que faltam para compor sua Esplanada. Bolsonaro afirmou que faltam ainda titulares para duas pastas. Uma delas é Meio Ambiente.

Direitos Humanos, Trabalho e Mulheres podem formar mais 1 ou 2 ministérios. Durante a campanha, Bolsonaro havia dito que queria o 1º escalão com 15 pastas. Depois, falou em 17. Serão pelo menos 22.

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