Atividades econômicas no RN crescem 3,8% em novembro

Em ritmo de crescimento, a economia do Rio Grande do Norte alcançou, no mês de novembro, o melhor nível já registrado desde o início da pandemia da covid-19, em março do ano passado. Juntas, as atividades econômicas alcançaram, no mês passado, um volume médio de vendas da ordem de R$ 395 milhões por dia. Isso representa um crescimento de 3,8% em comparação com a média diária do mês de outubro, quando o volume foi de R$ 380,3 milhões por dia. 

A evolução foi apurada pela Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN), que divulgou, nesta sexta-feira (10), o 25° Boletim Mensal da Receita Estadual, que condensa os principais indicadores econômicos do Rio Grande do Norte em novembro. No comparativo com novembro do ano passado, quando o volume diário de operações atingiu R$ 321,89 houve crescimento de 22,68%, segundo análise da SET-RN.

De acordo com os dados do Boletim, o comércio varejista foi o setor que teve a maior alta no comparativo entre novembro e outubro deste ano, avançando 8,62% e atingindo vendas diárias no total de R$ 99,84 milhões. Em outubro, as vendas alcançaram R$ 92,22 milhões. A quantidade de operações de vendas feitas em novembro chegou a 28,5 milhões de operações por dia. 

O atacado também foi o segundo segmento que mais contribuiu para o aquecimento da economia potiguar, crescendo 7,85% em relação ao mês anterior. As empresas do setor atacadista acumularam R$ 63,7 milhões em vendas por dia. Em outubro, o setor somou R$ 59,13 milhões no valor médio diário de operações. A indústria cresceu 5,79%, em função de um faturamento médio diário de R$ 55 milhões, em relação a outubro. Já a indústria extrativista registrou um movimento econômico diário de R$ 11,22 milhões no último mês de análise, sendo esse o melhor resultado da série histórica. O resultado do setor está acima de R$ 10 milhões de faturamento médio diário pelo sexto mês seguido.

Bares e restaurantes
Entre os meses de novembro de 2020 e fevereiro de 2021 os resultados no setor de bares e restaurantes foram positivos, mas em março e abril de 2021 com novas restrições impostas à circulação de pessoas, o segmento registrou perdas. A partir do mês de maio, o setor voltou a crescer e alcançou média diária de R$ 5,63 milhões em novembro/21), valor muito próximo ao resultado do mês de Outubro/21. 

Já o setor de Combustíveis (incluindo Distribuição e Consumo Final) alcançou movimentação diária média de R4 60,83 milhões em novembro passado, resultado 4,55% maior que o mês imediatamente anterior. Para efeitos de cobrança do ICMS, o preço médio desses produtos está congelado por 90 dias, a partir de novembro. 

Arrecadação cresce 11% e soma R$ 689 milhões
Essa movimentação levou o Estado a arrecadar em novembro R$ 689 milhões, referentes ao recolhimento do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e Imposto sobre Transmissão “Causa Mortis” e Doação de Quaisquer Bens e Direitos (ITCD). O valor total de receitas é 11,48% maior que o recolhido em novembro de 2020, quando a receita total foi de R$ 618,00. Ante o mês de outubro, quando a arrecadação somou R$ 624 milhões, o aumento é de 10,41%. 

A SET destaca que essa evolução no volume das receitas fundamenta-se no crescimento da atividade econômica no Estado, à medida que a vacinação contra a covid-19 avança, “no modelo inovador da política desenvolvimentista implantada pelo governo e pelas ações e medidas implantadas pelo fisco potiguar no combate à sonegação e objetivando o recolhimento espontâneo de tributos”.

Esse aumento foi proporcionado sobretudo pela arrecadação de ICMS, que é o principal tributo que compõe as receitas estaduais. O RN recolheu o maior volume desse imposto nos últimos 12 meses, R$ 671 milhões – 13% a mais que em novembro do ano passado, quando foram recolhidos R$ 593 milhões. Praticamente todos os setores tiveram alta na arrecadação de ICMS, exceto o segmento de energia elétrica, que caiu de R$ 79 milhões para R$ 75 milhões de um mês para outro.

Já o IPVA segue em decréscimo nominal de 32% no mês passado, em relação à arrecadação obtida em novembro/2020. Esse desempenho sofre influência na alteração no calendário de pagamento do ano anterior, que foi prorrogado o vencimento das parcelas até o final do ano. Esse fato fez com que as receitas do IPVA do último trimestre do ano anterior ficassem acima do normal.

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