Atleta e influencer Rodrigo Fiúza é suspeito de integrar esquema de exploração sexual de adolescentes

Foto: TV Globo / Reprodução

A polícia confirmou que o atleta e influenciador digital Rodrigo Fiúza, de 48 anos, está entre os presos em uma operação contra exploração sexual de adolescentes realizada em novembro em Belo Horizonte. A identidade dele só foi confirmada depois que uma reportagem do site UOL revelou o nome de Rodrigo.

Segundo as investigações, os abusos envolvendo as jovens, com idades entre 13 e 17 anos, aconteciam em uma casa na Região da Pampulha, com a logomarca da empresa Loucos por Aventura, que é do atleta.

Na época da operação, a delegada Renata Ribeiro contou que as investigações começaram depois que a mãe de uma das vítimas procurou a delegacia, alegando que fotos da filha de 13 anos, nua, foram publicadas e compartilhadas nas redes sociais. A mulher desconfiou de que a adolescente estava sendo explorada sexualmente por homens mais velhos.

Além de atleta e influenciador digital, com mais de 90 mil seguidores nas redes sociais, Rodrigo foi candidato a vereador em Belo Horizonte, neste ano, pelo PSB. Ele teve 62 votos.

Segundo um boletim de ocorrência, ele seria o proprietário de uma casa usada para promover os encontros. Em julho deste ano, durante a pandemia, a Guarda Municipal e a Polícia Militar (PM) foram acionadas para dar fim a uma aglomeração no local.

A fiscalização encontrou cerca de 30 carros estacionados na área e mais de 200 jovens entre 15 e 25 anos. Um frequentador da festa contou que a casa era de Rodrigo Fiúza, que conseguiu fugir do local.

A Polícia Civil já prendeu até agora quatro pessoas suspeitas de fazer parte desse esquema que aliciava adolescentes. Além de Rodrigo, a polícia divulgou também um outro nome: o do o empresário Leonardo Zambrana.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do atleta. A direção do PSB de Minas Gerais informou que a filiação de Rodrigo Fiúza está automaticamente suspensa diante das graves denúncias apresentadas contra ele.

Já a advogada de Leonardo Zambrana disse ele não está envolvido nas denúncias de prostituição infantil e exploração sexual e que o nome dele foi citado por causa de uma alteração no documento de uma garota. Até o momento, a polícia identificou dez vítimas.

G1

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