Baixo índice de vacinação contra HPV em Natal será investigado pelo MP

A baixa procura pela vacina contra HPV (papilomavírus humano) chamou a atenção do Ministério Público do Rio Grande do Norte. Um inquérito foi aberto pela Promotoria de Justiça para fiscalizar as ações adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) relacionadas ao tema.

Em um audiência ministerial no dia 19 de agosto deste ano, a SMS informou que a cobertura vacinal se mantém baixa em 2019. Em 2018, 54% do público-alvo recebeu a primeira dose (D1) e 45% tomaram a segunda (D2). Neste ano, até agosto, a cobertura alcançou apenas 27% da D1 e 23% da D2.A vacina gratuita contra o HPV é indicada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.

Pessoas que vivem com HIV ou que tenham sido transplantadas entre os 9 e 26 anos de idade, também devem tomar as duas doses. A medida é maneira mais eficaz para prevenção da infecção.

A Secretaria Municipal de Saúde deverá adotar providências administrativas nos próximos dias para reforçar as campanhas de vacinação contra o HPV, juntamente com as equipes do Programa Saúde na Escola (PSE).

De acordo com o MP, considerando o público-alvo, o espaço escolar tem se mostrado o melhor local para ampliar a imunização. A recomendação foi publicada em Diário Oficial pela 62ª Promotoria de Justiça de Natal, com atribuição na defesa da saúde.

HPV

Os HPVs são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem cerca de 150 tipos diferentes de HPV, dos quais 40 podem infectar a região genital e provocar cânceres, como de colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus e orofaringe, além de verrugas genitais.

Os principais vírus são combatidos com duas doses da vacina de HPV que está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde.

A transmissão ocorre por contato direto com a pele ou mucosa infectada, não necessariamente apenas por relações sexuais. Também pode ser transmitido de mãe para filho durante o parto.

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