Beijo na boca, comilança e outros ‘micos’ de políticos em campanha

Em 2014, durante campanha ao senado, o parananense Alvaro Dias (ex-PSDB, atual Podemos) trouxe seu cachorro Hugo Henrique para os filmes publicitários. 

Dias sofreu críticas e foi ironizado pela escolha de tema e por trazer o exemplar branco e fofinho, de nome pomposo, da raça Bichon Frisé ao horário eleitoral televisivo. Em resposta, atacou a oposição. “Na imaginação deles, é necessário levar para o terreno do deboche para minimizar o êxito dessa proposta, o benefício que pode trazer para o candidato”, disse o senador ao blog de Rogério Galindo, na Gazeta do Povo, na ocasião.

Na esteira do evento, os marqueteiros de Dias optaram por um caminho de gosto questionável: uma animação que mostrava o próprio Hugo Henrique, dublado por uma voz infantilizada, se defendendo dos ataques e dizendo que tratava-se de atos de “aloprados” e de gente que “estava na Papuda”, citando o presídio de Brasília.

Corpo a corpo: José Serra, o beijo na boca e a bolinha que era rolo de fita

Apertos de mão, abraços, sorrisos, pausa pra foto. A vida em campanha reúne tudo isso. E algumas surpresas, como a que aconteceu com o senador José Serra (PSDB-SP), em 2012. Durante uma caminhada na região do Bom Retiro (área com grande concentração de lojas populares de roupas em São Paulo), uma eleitora beijou duas vezes a boca do candidato. 

Enquanto ele conversava com vendedoras, a moça se aproximou, segurou o rosto do candidato e deu um beijo certeiro, na boca. Ele tentou se desvencilhar e foi pego de novo, só que desta vez de canto de boca. 

Serra protagonizou outro episódio de confusão durante passeata, que foi amplamente divulgado e alvo de ridicularização. Em 2010, durante campanha à presidência da República, Serra caminhava no bairro carioca de Campo Grande quando um grupo de opositores se aproximou. Depois de confusão, ele foi atingido por um objeto na cabeça. O candidato interrompeu a passeata e foi ao hospital fazer exames. 

Posteriormente, vídeos identificaram que se tratava de um rolo de fita adesiva ou bolinha de papel. O episódio foi criticado por opositores, que ironizaram a reação do candidato com o incidente. A atuação da imprensa no caso também foi questionada, com alguns veículos sendo acusados de exagerar ou minimizar o incidente para favorecer lados da disputa. 

A comilança de Dilma na terra do cachorro-quente

A ex-presidente Dilma Rousseff escolheu comer um cachorro-quente em uma barraquinha de rua durante um passeio no calçadão da Avenida Antonio Agu, em Osasco, na região metropolitana de São Paulo. “Com duas salsichas!”, destacou a então candidata à reeleição, em 9 de agosto de 2014. 

A cidade tem o apelido de “Capital do Cachorro Quente” e Dilma não poderia fazer essa desfeita aos osasquenses em ato de campanha na avenida de intenso comércio popular, onde os ambulantes preparam, a céu aberto, o sanduíche que é refeição de motoboys, motoristas e trabalhadores que passam pelo calçadão ao chegar ou partir de trem no Largo de Osasco. 

A passeata era um evento grande de campanha da petista, com grande alvoroço e expectativa, por ser o primeiro evento de rua dela em São Paulo. Ela foi acompanhada pelo candidato do PT ao governo paulista, Alexandre Padilha, e pela senadora Marta Suplicy, na época ainda filiada ao PT. 

A presidente foi reeleita naquele ano, com uma figura bem mais rechonchuda do que ao final de seu primeiro governo. Durante a sua primeira campanha, em 2010, a presidente chegou a admitir que também havia ganhado uns quilos a mais. 

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