Blogueiro é condenado por calúnia e injúria

O MPF (Ministério Público Federal) denunciou o blogueiro Rodrigo Grassi Cademartori, conhecido como Rodrigo Pilha, pelos crimes de calúnia e injúria. Ele tem ligações com o Partido dos Trabalhadores (PT). O Ministério Público Federal abriu a investigação a partir de representação apresentada por Janot pedindo que o caso fosse apurado.

De acordo com a denúncia, em fevereiro Rodrigo postou um vídeo em suas contas em redes sociais no qual afirmava que o procurador ­geral da República, Rodrigo Janot, teria se reunido com parlamentares num restaurante em Brasília com o propósito de fechar um acordo para evitar que o presidente Michel Temer e alguns senadores fossem investigados e processados.

O procurador da República Raphael Perissé Rodrigues Barbosa, autor da denúncia, afirma que as investigações comprovaram que o encontro mencionado pelo blogueiro jamais ocorreu, e que o autor do vídeo tinha conhecimento disso. Segundo o MPF, o vídeo teve mais de 85 mil visualizações na internet.




O crime de calúnia consiste em afirmar falsamente que outra pessoa praticou um ato criminoso e pode incorrer em punição de seis meses a dois anos de detenção. A hipótese de Janot ter feito um acordo para evitar investigações poderia ser interpretada como crime de prevaricação, quando um funcionário público deixa de cumprir com obrigações do cargo.

Já o crime de injúria se refere a uma ofensa genérica à honra pessoal. Na ação o MPF cita que o blogueiro se referiu a Janot como “rato”. O crime é punido com até seis meses de detenção.

A pena de detenção não é cumprida em regime fechado de prisão, mas no semiaberto ou aberto, quando o condenado pode sair da cadeia para trabalhar ou cumpre pena em estabelecimentos de menor segurança que as cadeias e até mesmo em casa.

Do UOL

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Brasília – Essa não é a primeira vez que Rodrigo Grassi hostiliza alguém ou cria problemas. No mês passado, postou nas redes sociais vídeo no qual insulta o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. Foi ele quem ofendeu a blogueira cubana Yoani Sánches quando ela visitou o Congresso Nacional em fevereiro do ano passado. Também deu plantão na porta da Superintendência da Polícia Federal quando os mensaleiros foram presos.

Além dos mais recentes episódios, a vida do ex-secretário parlamentar também tem outros episódios de desrespeito a autoridades. Em 2012, ao xingar a deputada distrital Eliana Pedrosa (PPS-DF) de “corrupta” foi processado criminalmente pela mesma. Terminou condenado em 8 de agosto por injúria a um mês e 10 dias de detenção pelo juiz Francisco Antônio Alves de Oliveira. O fato, portanto, o faz um “ficha suja” perante a lei.

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