Bolsonaristas se organizam para passar vários dias na Esplanada

Os manifestantes bolsonaristas que ocupam a Esplanada dos Ministérios, na noite desta segunda-feira (6/9), afirmam que voltarão para casa apenas quando os objetivos do protesto forem atingidos. As principais reivindicações são: adoção do voto impresso e destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na véspera dos atos convocados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), apoiadores lotam a capital federal, munidos de bandeiras do Brasil e faixas. No fim da tarde desta segunda-feira, grupos se reuniram em frente à barreira da polícia, na Esplanada dos Ministérios, e pressionaram até conseguir a liberação da via, que estava bloqueada desde domingo (5/9).

“Aqui, a gente não fala pela gente, tem de ver a atitude de todos. Estou preparado para ficar vários dias”, afirma o técnico em edificação Beneur Diogo Miguel, enquanto monta uma barraca no gramado. O homem de 50 anos veio a Brasília de Anápolis (GO) acompanhado da filha Ádna Pereira Miguel, 25. “A apelação é porque o STF está atrasando o país, eles estão soltando os bandidos”, avalia.

O mesmo afirma o militar da reserva, professor e tradutor Norival de Jesus, 60. Segundo ele, os bolsonaristas “não vão abandonar nenhum ponto de manifestação enquanto o STF e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não reverem o posicionamento deles”. Para Norival, o principal problema é o que ele chama de juristocracia, ou ditadura da toga.

“A principal reivindicação dos patriotas é contra o cerceamento de liberdade no Brasil. Temos o exemplo do Alexandre de Moraes, que esqueceu o ordenamento jurídico. O ponto dois é que não aceitamos a interferência do Judiciário no Executivo e Legislativo. O ponto três é parar com o inquérito das Fake News, que teve origem numa mentira”, resumiu.

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