Bolsonaro cancela viagem e live semanal, mas pode despachar do hospital

Internado desde quarta-feira em São Paulo , o presidente Jair Bolsonaro cancelou uma viagem que faria para Manaus, no fim de semana, e também não fará sua tradicional transmissão ao vivo em redes sociais, realizadas sempre às quintas-feiras. Auxiliares defendem que Bolsonaro aproveite os próximos dias para se recuperar totalmente, mas não está descartada a hipótese de que ele despache à distância.

Um texto publicado na conta do presidente do Twitter na tarde desta quinta anunciou o cancelamento da viagem e “live”. A não realização da transmissão é rara: desde março de 2019, quando começou a rotina, Bolsonaro só deixou de gravar três vezes, sendo duas vezes por viagens internacionais e uma porque a transmissão foi substituída por uma entrevista. Em setembro de 2019, inclusive, o presidente realizou a transmissão dentro do hospital, após passar por uma cirurgia de correção de hérnia.

De acordo com auxiliares do Palácio do Planalto, Bolsonaro pode despachar à distância, mas a orientação médica, reforçada por pessoas próximas, é que ele se mantenha longe do trabalho nos próximos dias descansando. De todo modo, o presidente está acompanhado do chefe de gabinete, Célio Faria, que tem se encarregado de encaminhar as demandas do chefe do Executivo para seus auxiliares em Brasília.

Segundo integrantes do Planalto, dependendo da evolução do quadro clínico do presidente e de quanto tempo ficará hospitalizado, uma estrutura do gabinete poderá ser montada no Hospital Vila Nova Star.

Na quarta-feira, ao ser transferido para São Paulo, Bolsonaro disparou mensagens para alguns auxiliares com recomendações burocráticas para os próximos dias. O presidente também assinou atos publicados nesta quinta-feira no Diário Oficial da União (DOU).

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) foi questionada sobre as condições de trabalho de Bolsonaro no hospital e sobre a possibilidade do presidente se licenciar, mas não respondeu. Em 2019, o vice-presidente Hamilton Mourão assumiu interinamente a Presidência em duas oportunidades devido a cirurgias de Bolsonaro. No ano passado, no entanto, o presidente fez outros dois procedimentos de menor complexidade e não houve a necessidade de se afastar.

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