Bolsonaro comemora a “volta” da cloroquina. OMS retomará os testes com os medicamentos

“A cloroquina voltou!”, comemorou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ele se referia a mais um capítulo da novela envolvendo idas e vindas de pesquisas sobre a eficácia ou não do uso da substância no tratamento de pacientes com o novo coronavírus. Nesta semana, a The Lancet retirou de sua plataforma, a pedido dos autores, o estudo global que concluía que a cloroquina e seu derivado, a hidroxicloroquina, não ofereciam nenhum benefício para os pacientes, inclusive podendo aumentar o risco de morte em 30% dos casos.

Dúvidas em relação à pesquisa fizeram a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciar que retomará os testes com os medicamentos, interrompidos após a publicação do estudo. Enquanto pesquisadores do mundo todo se debatem sobre a eficácia ou não da substância e, principalmente, sobre seus efeitos colaterais, no Brasil não somente sua produção segue a todo o vapor, como os comprimidos têm sido distribuídos pela rede pública.

KIT ENTREGUE PELO SUS A PACIENTES INFECTADOS

No kit estão incluídos hidroxicloroquina (para tratar malária e doenças autoimunes), azitromicina (antibiótico), ivermectina (vermífugo), celocoxibe (doenças autoimunes), paracetamol (febre e dores no corpo), metoclopramida (náusea e vômitos), enoxaparina (anticoagulante). Ao tomar o coquetel, o cozinheiro afirma ter sentido ânsia, dor de barriga e diarreia, mas elogiou a orientação recebida no posto de saúde. “Não tive medo de tomar a cloroquina”, diz. “Se eles me recomendaram é porque sabem o que estão fazendo”.

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