Bolsonaro diz que ‘tem mais coisa para acontecer’ na Petrobras para ‘buscar alternativas’

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que “tem mais coisa para acontecer na questão da Petrobras” e que está “sempre fazendo alguma coisa para buscar alternativas”, sem dar detalhes sobre as possíveis ações. Neste domingo, em conversa com jornalistas na Praça dos Três Poderes, ele não descartou a demissão do presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, que completou um mês no cargo.

— Tem mais coisa para acontecer na questão da Petrobras, nós sabemos o que está acontecendo, não vou entrar em detalhes, mas sempre fazendo alguma coisa para buscar alternativas – afirmou Bolsonaro para apoiadores no Palácio da Alvorada.

O atual presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, que tomou posse em 14 de abril, é uma pessoa de confiança do ex-ministro Bento Albuquerque, demitido por Bolsonaro na quarta-feira.

Queda de ministro

O estopim para a queda de Bento foi o reajuste de 8,87% do diesel, anunciado por Coelho no começo da semana. Desde então, aumenta a pressão de parte do governo para uma nova troca na direção da estatal, em busca de alguém mais aberto a buscar soluções para os preços de combustíveis que possam contrariar a atual política de preços da companhia.

O governo Bolsonaro está no terceiro presidente da Petrobras. As trocas ocorrem sempre por ele discordar da política de preços da empresa, que segue a paridade internacional para atender aos acionistas estrangeiros e para evitar o desabastecimento de combustíveis importadora no Brasil. Ele já disse que o lucro da estatal é um “crime” e que não quer interferir na empresa, mas que busca “sensibilizá-la” de sua função social.

Lucro da empresa

Nesta segunda-feira, Bolsonaro voltou a criticar o lucro da Petrobras, afirmando que “com toda certeza” entraria na Petrobras com “essas questões também”.

— Com toda certeza vamos entrar na Petrobras nessas questões também, não é possível uma petrolífera dar 30% de lucro enquanto as outras dão no máximo 15% para atender interesse não sei de quem — afirmou.

O presidente também mencionou aos apoiadores a ação do governo no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a política de alíquotas do ICMS para o diesel. Bolsonaro disse só ganhou a ação porque o caso foi analisado pelo ministro André Mendonça, indicado por ele para a Corte. O presidente disse que espera redução no valor do ICMS nos próximos dias.

— Entrei com ação no Supremo, ganhamos, porque caiu com André Mendonça, espero nos próximos dias uma redução no valor do ICMS de acordo com o dispositivo da Constituição e de lei.

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