Bolsonaro quer ir a debates para atacar o PT e seus escândalos de corrupção

Para se consolidar como o candidato antipetista no segundo turno,Jair Bolsonaro (PSL) pretende participar de debates presidenciais, atacar o PT e seus escândalos de corrupção e dizer que não terá governabilidade se o seu adversário, Fernando Haddad (PT), for eleito.

Filho do capitão reformado, Flavio Bolsonaro (PSL-RJ) comemorou nesta segunda-feira (8) o resultado das urnas e, em especial, destacou o crescimento da bancada do PSL no Legislativo. A legenda passou de 7 para 52 cadeiras na Câmara e de 0 para 4 assentos no Senado.

“Isso significa que o Jair Bolsonaro já iniciará o próximo governo, se Deus quiser, com a grande e ampla base de apoio e mostra que o lado oposto, o lado das trevas, dificilmente terá governabilidade. É mais um ingrediente para que todos avaliem que o caminho melhor é com Bolsonaro na Presidência”, afirmou Flavio, que foi eleito no domingo (7) senador pelo Rio de Janeiro.

De acordo com ele, Bolsonaro já demonstrou interesse em comparecer aos eventos, mas a definição depende de uma avaliação médica, prevista para terça (9) ou quarta-feira (10).

O primeiro duelo entre os presidenciáveis no segundo turno está marcado para quinta-feira (11), na TV Bandeirantes.

“A verdade vai ser esfregada na cara do PT, e nós vamos ter a oportunidade de esclarecer àqueles que ainda estão se deixando enganar por um projeto de poder falacioso, mentiroso e corrupto que é do PT”, afirmou Flavio Bolsonaro (PSL-RJ).
No último enfrentamento entre os postulantes ao Palácio do Planalto, Bolsonaro foi criticado por seus concorrentes por sua ausência. Ao mesmo tempo em que a TV Globo transmitia o debate na última quinta (4), a TV Record transmitiu uma entrevista exclusiva com o candidato do PSL.

O núcleo da campanha de Bolsonaro avalia estratégias a serem adotadas para a disputa no segundo turno. Por enquanto, a ordem é seguir o discurso de ataques ao PT, criticar a confiabilidade das urnas e defender o combate à corrupção.

A exposição do candidato em eventos públicos ainda é avaliada. Enquanto um grupo defende sua aparição em locais públicos, a saída do deputado federal para votar na manhã de domingo (7) gerou preocupações.

Ele se queixou de desconforto relacionado à bolsa de colostomia após ter sido cercado por jornalistas e apoiadores na saída da seção eleitoral. Bolsonaro ainda está em processo de recuperação após ter sido esfaqueado no início de setembro e passar por duas cirurgias.

“O Jair com o foco, usando o seu forte, que são as redes sociais. Ele vai ter uma visita dos médicos dele para determinar se ele vai poder ir para a rua em algum momento, se ele vai poder sair de casa. Então o próximo fator importante vai ser essa perícia dos médicos que vão dizer até onde ele pode ir e até onde ele não pode ir”, disse.

Caso a avaliação seja de que o candidato do PSL tem condições de fazer viagens, deve ser priorizada a região Nordeste, única não visitada por ele durante a campanha e reduto de voto tradicionalmente petista.

 

FOLHA DE SP

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