Brasil tem 508 casos confirmados de microcefalia

Principal preocupação epidemiológica do Brasil e do mundo na atualidade, a microcefalia em recém-nascidos avança a passos firmes no país. Desde que o Ministério da Saúde começou a divulgar boletins de acompanhamento, em outubro do ano passado, houve aumento dos casos em todas as semanas. O último deles, disponibilizado ontem, mostrou que já foram 5.280 notificações em 24 Estados e no DF; 3,9% a mais do que na semana anterior.

Os casos confirmados cresceram mais: cerca de 10%, de 462 para 508. Eles estão espalhados por 203 cidades de 13 Estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Confirmações e descartes (já são 837) têm crescido mais rapidamente, mostrando que o país avançou na capacidade de diagnosticar a síndrome, uma má-formação no cérebro dos bebês que causa problemas motores e cognitivos, mas ainda há 3.935 casos suspeitos em investigação.

Desta vez, o Ministério da Saúde deixou de informar os casos em que a microcefalia está associada a uma infecção passada de mãe para filho – o último relatório registrava 462 casos.

O recuo ocorre em um momento de intensas discussões científicas sobre a relação direta entre o Zika vírus e a microcefalia, mas o ministério informou que trata-se de um cuidado devido a mudanças no protocolo de notificações.

O ministério incentiva pesquisas para decretar cientificamente um elo causal entre o vírus e a malformação, mas dá essa relação como certa, enquanto a OMS (Organização Mundial de Saúde) adota um tom mais moderado.

Mais números
O boletim epidemiológico divulgado ontem indica ainda que foram notificadas 108 mortes por microcefalia logo após o nascimento ou ainda durante a gestação. Dessas, 27 já foram confirmadas, 11 foram descartadas e 70 seguem em investigação.

O ministério informa ainda que o Zika vírus circula em 22 unidades da Federação: Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.

Escreva sua opinião

O seu endereço de e-mail não será publicado.