Bretas, o juiz da “Lava Jato” que tem a caneta mais pesada que a de Sergio Moro

Responsável por conduzir as investigações da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, o juiz federal Marcelo Bretas tem tomado decisões mais firmes que o próprio juiz Sergio Moro, de Curitiba.

As três maiores sentenças da lava Jato, por exemplo, foram proferidas por Bretas, que também é mais firme com os réus durante as audiências, além de trazer no “currículo” as prisões de investigados poderosos. 

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, em setembro deste ano, o juiz fluminense declarou ser evangélico e disse usar passagens bíblicas em algumas das sentenças. Bretas também falou de seu interesse em combater a corrupção. “O combate à corrupção faz meus olhos brilharem”, disse.

Isso explica, por exemplo, a rigidez com os réus e investigados no Rio de Janeiro. Na última semana, ele protagonizou uma discussão áspera com o ex-governador Sérgio Cabral, durante uma audiência, que culminou com a decisão de transferência do político para um presídio federal.

Bretas já condenou Cabral em dois processos no Rio de Janeiro. Uma das condenações é, inclusive, a pena mais alta da operação até aqui: o ex-governador foi condenado a 45 anos e dois meses de prisão no processo decorrente da Operação Calicute. Bretas também condenou Cabral em outro processo a 13 anos de prisão. Para se ter uma ideia, Moro também conduziu um processo contra o ex-governador em Curitiba, que terminou com uma condenação de 14 anos de prisão.

A segunda pena mais alta da Lava Jato também é de autoria de Bretas. O magistrado condenou o almirante Othon Luiz Pinheiro a 43 anos de prisão no processo envolvendo irregularidades na construção da usina Angra 3. No mesmo processo, Bretas condenou o sócio da Engevix, José Antunes Sobrinho, a 21 anos e 10 meses de prisão – a terceira pena mais elevada da Laja Jato. Leia Mais…

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