Caso João Pedro, morto em ação policial no RJ, tem reconstituição marcada

 Foto: Reprodução/Twitter @_danblaz

A Polícia Civil marcou para a próxima quinta-feira, dia 29 de outubro, a reconstituição dos acontecimentos que terminaram com a morte do menino João Pedro Matos, de 14 anos, no complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio. João foi morto durante uma operação das polícias Civil e Federal. Ele foi atingido na barriga e levado para um helicóptero, tendo ficado 17 horas desaparecido até ser declarado morto.

O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo há seis meses. A expectativa é de que a reconstituição seja uma das últimas etapas antes do encerramento da apuração sobre o caso. Será feita uma reprodução simulada dos fatos, com a presença de testemunhas, promotores e delegados que investigam a morte do garoto.

Em junho, a CNN mostrou que a Defensoria Pública do Rio de Janeiro encontrou irregularidades na investigação do crime. Uma das testemunhas do episódio foi levada para depor na Delegacia de Homicídios dentro de um veículo blindado da Polícia Civil, conhecido como “caveirão” A adolescente foi ouvida sem seus pais ou representantes legais no local, o que configura uma das “irregularidades objetivas” apontadas pelos defensores na investigação.

No inquérito, os adolescentes que estavam na casa de João Pedro afirmaram que não havia outras pessoas armadas no local além dos policiais civis responsáveis pelos tiros disparados no imóvel – a Polícia sustenta a tese de que havia um confronto com criminosos no local.

“O momento anterior para a reconstituição não era adequado, era o auge da pandemia. Agora, com esse ato, um dos últimos da investigação, a gente espera a denúncia desses policiais”, afirmou Daniel Lozoya, subcoordenador de Direitos Humanos da Defensoria do Rio.

CNN BRASIL

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