Cerca de 5,8 mi estão afastados do trabalho por conta da pandemia, diz IBGE

O número de pessoas afastadas do trabalho por causa da pandemia de coronavírus caiu para 5,8 milhões na semana de 19 a 25 de julho, de acordo com a Pnad Covid19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (14).

O valor representa 7,1% da população ocupada no país. Esse contingente ficou numericamente estável em relação à semana anterior (6,2 milhões ou 7,5% da população ocupada) e caiu frente à semana de 3 a 9 de maio (16,6 milhões ou 19,8% dos ocupados).

Percentual de pessoas ocupadas e afastadas do trabalho devido ao distanciamento social em relação o total da população ocupada na semana de referência – Brasil (%):

Já a população ocupada e não afastada do trabalho foi estimada em 72,3 milhões de pessoas (47,7%), estável em relação à semana anterior (72,5 milhões) e com aumento frente à semana de 3 a 9 de maio (63,9 milhões).

Entre estes, 8,3 milhões (11,5%) trabalhavam de forma remota.

Três milhões ficaram sem emprego

A pesquisa do IBGE mostra que, em quatro meses de pandemia, cerca de 3 milhões de pessoas ficaram sem trabalho.

A taxa de desocupação chegou a 13,7% na quarta semana de julho, atingindo 12,9 milhões de pessoas. Na primeira semana de maio, quando a pesquisa teve início, 9,8 milhões estavam sem trabalho.

A coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, diz que “comparando com o início da pesquisa, o saldo da nossa investigação é que a população ocupada está menor, em 2,9 milhões de pessoas. A população desocupada está maior, pouco mais de 3 milhões de pessoas. E a taxa de desocupação também está maior em 3,2 pontos percentuais. Isso num contexto em que a população informal vem caindo também”.

Metodologia da pesquisa

A Pnad Covid19 é uma versão da PNAD Contínua e tem como objetivo identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal.

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