Cerveja e refrigerante por R$ 36 e barraca a R$ 130: o que diz o Procon sobre os preços cobrados em Ponta Negra

Uma turista foi cobrada por R$ 160 pelo uso de uma barraca e consumo de uma lata de cerveja e uma lata de refrigerante na praia de Ponta Negra, em Natal, diversas pessoas compartilharam nas redes sociais suas experiências no principal cartão postal do estado potiguar.

Gabriel Cunha comentou que pagou, no domingo (9), R$ 36 por uma cerveja e um refrigerante. No mesmo dia, Amanda Santos compartilhou que um quiosqueiro falou que a barraca custava R$ 20 sem consumo e R$ 10, com consumo, mas ao final do uso ela foi cobrada no valor de R$ 30.

“Ele disse que era o combinado. Fez isso com um casal da Argentina, cobrando R$ 130 pela barraca. O argentino disse que só pagaria R$ 100. Os barraqueiros estão com preços absurdos e explorando os banhistas na cara dura. Se colar, colou”, disparou, no perfil do Agora RN na rede social Instagram .

Leila Morais contou que, no Réveillon, quiosqueiros estavam cobrando R$ 150 “só para utilizar as mesas, e não ofereciam nem estrutura de banheiro, alegando que a culpa era da Prefeitura do Natal”. Algo semelhante ao que aconteceu com Emi Rodrigues. Ela disse que foi cobrada a R$ 100 para usar uma barraca e ter acesso ao banheiro.

Carlota Nogueira disse que foi cobrada por R$ 40 para sentar em uma mesa. “Com muito choro, baixaram para R$ 20. Um absurdo. Eles (os quiosqueiros) dominam a praia e você não tem opção nem de esticar a canga e sentar no chão”, contou.

Jaiza Rodrigues revelou que, na primeira semana de janeiro, cobraram de uma tia dela a cifra de R$ 400. O valor correspondia, segundo ela, “a seis cervejas, uma porção de macaxeira frita e uma porção de peixe. No final, depois de um cacete, a conta foi para R$ 250”. Com R$ 400 é possível comprar um fogão cooktop, por exemplo.

João Maria Bezerra satirizou a situação, ao comentar que “nem motel cobra tão caro”. “Cadê a fiscalização? Isso é uma terra de mãe Joana?”, questionou.

Nessa mesma linha, surge o comentário de Cristopher Hands. “Faz tempo que Ponta Negra é terra sem lei. Barraqueiros exploradores, (…) sujeira, poluição sonora (…). Enfim, terra de ninguém. Coitado do turista, que sofre 10 vezes mais”, avaliou.

Situações parecidas foram relatas em outras praias da capital, com a do Meio. Milania Santana expôs que cobram R$ 160 dela por duas águas-de-coco e uma porção de batata frita. “Se tiver cara de turista, já era. Ainda (disse) que não cobraria a barraquinha, apenas o consumo. Infelizmente existem muitas pessoas desonestas”, considerou.

O que diz o Procon?

Nos comentários da publicação feita pelo Agora RN, muitas pessoas questionavam a atuação do Procon Natal nos casos em que os preços cobrados são acimas do habitual e do praticado em outros comércios. Procurado, o órgão esclareceu que “atua só em estabelecimentos com CNPJ”. Quando a denúncia é realizada ao Procon, ela é encaminhada à secretaria responsável pelos quiosqueiros, no caso, à Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal (Semurb).

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