Ciro Gomes vira réu em acusação de calúnia movida por Bolsonaro

O ex-governador Ciro Gomes, candidato ao Planalto no ano passado, se tornou réu na Justiça depois de ser processado por Jair Bolsonaro. O presidente acusa o pedetista de calúnia por uma fala sobre ele durante uma entrevista ao programa Pânico no Rádio, em agosto de 2017.

Na ocasião, Ciro Gomes disse que o então deputado havia recebido dinheiro lavado da JBS e que ele era um “moralista de goela”. O caso citado pelo pedetista ocorreu quando Bolsonaro ainda pertencia ao PP, partido que recebeu R$200 mil reais da empresa de Joesley Batista para financiamento de campanha.

“A JBS depositou R$ 200 mil na conta dele, Jair Messias Bolsonaro, deputado federal”, diz Ciro na entrevista. “O que ele faz? Devolve para o partido, que na mesma data entrega R$ 200 mil pra ele. O nome disso é lavagem de dinheiro. Simples assim”.

Segundo a queixa-crime movida por Bolsonaro, Ciro Gomes agiu com a intenção de ofender a honra alheia. A decisão de tornar o pedetista réu foi tomada na última terça (12) pelo juiz Richard Francisco Chequini, da 20ª Vara Criminal de São Paulo.

O documento ainda destaca que a “deliberada distorção do ocorrido” quisO documento ainda destaca que a “deliberada distorção do ocorrido” quis causar danos à imagem e à reputação de Bolsonaro “perante a opinião pública e seus eleitores”.

A assessoria de Comunicação do pedetista informou que o presidente se une a outras pessoas que o processaram e que hoje respondem a processos, são investigadas ou estão presas. Segundo a nota, Ciro Gomes confia que, também neste caso, “a justiça será feita”.

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