“Classe dominante”: Vice diretor do Flamengo é ironizado ao ser visto levando babá ao protesto

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Claudio Pracownik, vice-diretor de finanças do Flamengo, decidiu escrever um desabafo em sua página no Facebook no qual rebate as críticas. Leia abaixo:

“Sí Pasarán!”

Ganho meu dinheiro honestamente, meus bens estão em meu nome, não recebi presentes de construtoras, pago impostos (não propinas), emprego centenas de pessoas no meu trabalho e na minha casa mais 04 funcionários. Todos recebem em dia. Todos têm carteira assinada e para todos eu pago seus direitos sociais.

Não faço mais do que a minha obrigação! Se todos fizessem o mesmo, nosso país poderia estar em uma situação diferente. A babá da foto só trabalha aos finais de semana e recebe a mais por isto. Na manifestação ela está usando sua roupa de trabalho e com dignidade ganhando seu dinheiro.

A profissão dela é regulamentada. Trata-se de uma ótima funcionária de quem, a propósito, gostamos muito. Ela é, no entanto, livre para pedir demissão se achar que prefere outra ocupação ou empregador. Não a trato como vítima, nem como se fosse da minha família. Trato-a com o respeito e ofereço a dignidade que qualquer trabalhador faz jus.

Sinto-me feliz em gerar empregos em um país que, graças a incapacidade de seus governantes, sua classe política e de toda uma cultura baseada na corrupção vive uma de suas piores crises econômicas do século.

Triste só me sinto quando percebo a limitação da minha privacidade em detrimento de um pensamento mesquinho, limitado, parcial cujo único objetivo é servir de factoide diversionista da fática e intolerável situação que vivemos.

Para estas pessoas que julgam outras que sequer conhecem com base em um fotografia distante, entrego apenas a minha esperança que um novo país, traga uma nova visão para a nossa gente. Uma visão sem preconceitos, sem extremismos e unitária.

O ódio? A revolta? Estas, deixo para eles.

http://vejasp.abril.com.br/materia/vice-do-flamengo-rebate-criticas-por-foto-em-manifestacao

1 Comentário

Inácio Augusto de Almeida

mar 3, 2016, 3:59 pm Responder

As fotos falam. Observem o cuidado da madame com o cachorrinho e o filho entregue aos cuidados de uma babá. Atentem para o olhar da criança em direção à mãe, esquecendo completamento o brinquedo.
Depois nos queixamos de um geração sem amor.
E pensar que estas pessoas comungam e/ou cantam hinos de louvor ao Senhor todos os domingos e falam de amor ao próximo. Na verdade amor, amor mesmo só têm a si mesmos. Fazem parte do grupo dos que vivem só para si.
Se pelo menos tivessem consciência de que daqui a uns poucos anos serão pó e nem saudades deixarão…
Que mundo é esse, meu Deus?

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