Com quase 3.000 vidas salvas, Hospital de Campanha de Natal encerra atividades

“Eu estava na UPA, quando uma ambulância chegou com uma senhora, em busca de vaga. Ela já tinha rodado vários hospitais. A senhora estava morrendo sem ar e não havia atendimento. Saí de lá e disse a mim mesmo: precisamos resolver isso. Assim, em 40 dias, abrimos o Hospital de Campanha de Natal”. Quem conta essa história é o prefeito Álvaro Dias, relembrando a decisão administrativa de abrir a unidade de saúde provisória que salvou 2.796 vidas ao longo de quase dois anos.

O antigo hotel Parque da Costeira foi uma opção ousada da Prefeitura de Natal. O local estava à disposição da justiça trabalhista para o pagamento de dívidas e foi escolhido à época para a montagem do equipamento. Em princípio, foram abertos 100 leitos, sendo 20 deles de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). “Em pouco menos de três dias, estávamos com todos os leitos ocupados. Ampliamos a capacidade para 40 UTIs. Era uma fase difícil da pandemia de Covid-19. Mas vencemos”, relembra o prefeito. Diante dos números reduzidos de casos da doença, o Hospital de Campanha foi desativado na semana passada e o prédio está sendo devolvido ao Tribunal Regional do Trabalho.

De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), quase 3,5 mil pacientes com Covid foram tratados na unidade de saúde. O local também recebeu pacientes de vários municípios do Rio Grande do Norte, além de ter atendido 40 doentes que não tinham leitos em Manaus/AM. “As pessoas de Manaus voltaram todas para casa. Foram atendidos, medicados e curados no Hospital de Campanha de Natal”, conta Álvaro Dias, citando momento em que “explodia” a crise por falta de leitos e oxigênio na região Norte do País e a capital potiguar garantiu ajuda.

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