Combate ao Aedes aegypti chega a 188 mil escolas e universidades de todo País

Foto: Divulgação
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Militares e agentes de saúde iniciam nesta sexta-feira (19) a Mobilização Nacional de Educação Zika Zero, uma grande ação em escolas públicas, universidades e centros tecnológicos para conscientizar 60 milhões de estudantes sobre o combate ao mosquito Aedes aegypti.

A operação montada pelo governo federal em parceria com Estados e municípios será feita em instituições públicas de ensino em 115 cidades. Serão visitadas, no total, 188.673 escolas da rede pública de educação básica, 63 universidades e 40 institutos e centros de educação tecnológica.

A mobilização vai preparar professores e estudantes para se engajarem no esforço de eliminação do inseto. A ideia é que os alunos sejam multiplicadores e divulgadores junto às famílias e à população das práticas de combate ao agente transmissor das doenças.

“A escola é o espaço de informação, de discussão, de reflexão, é o melhor espaço para mobilizar a população”, disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. “Mais de dois terços dos casos estão dentro de casa e é ali que temos que ter fiscalização permanente”.

O Ministério da Saúde ainda mobilizou as equipes do Programa Saúde na Escola para ampliar as ações de saúde aos estudantes da rede pública. O programa está presente em mais de 78 mil escolas em 4.787 municípios brasileiros. São, atualmente, 32 mil equipes da Atenção Básica envolvidas no programa, que começam a ser mobilizadas a partir desta sexta-feira (19).

Participação ativa

Para reforçar a mobilização, o Ministério da Educação está enviando uma carta aos alunos, pais, professores, diretores, servidores da educação, secretários de Educação dos Estados e municípios e às lideranças da área educacional.

Nessa correspondência, o MEC pede participação ativa de todos esses agentes na preparação da população para eliminar a infestação de Aedes aegypti.

Prevenção

Na mobilização nas escolas, militares irão fazer palestras a estudantes, professores e servidores da educação transmitindo informações sobre a eliminação do Aedes aegypti e as formas de prevenção dos criadouros do mosquito.

A mobilização da rede pública de ensino contará nesta sexta-feira com a participação dos ministros. Essas autoridades das mais diferentes áreas do governo federal estarão, cada uma, em uma escola, universidade ou centro de pesquisa para ajudar na conscientização dos alunos.

Cenário nacional

A infestação do mosquito em quase todo o território nacional provocou uma grave epidemia de microcefalia (má-formação congênita do cérebro de bebês). E fez disparar o surto de dengue, num quadro no qual aumentam também os casos de febre chikungunya.

Nos dados mais atualizados do Ministério da Saúde, o Brasil tem atualmente 3.935 casos suspeitos de microcefalia entre outubro do ano passado e fevereiro deste ano. Um salto, se considerado que em anos anteriores, os casos não chegavam a 200.

Nos últimos seis meses foram registrados 108 mortes de bebês nascidos com má-formação do cérebro atribuída à infecção de zika vírus em gestantes. “Não há vacina contra zika. A única vacina é nossa participação, é a prevenção para impedir que o mosquito nasça”, disse Mercadante.

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