Comissão inicia com “guerra da pressa”

A partir desta segunda-feira (7), com a formação da Comissão Especial de Impeachment na Câmara dos Deputados, Palácio do Planalto e oposição iniciam um embate. E a definição sobre quanto tempo a guerra vai durar já se tornou a primeira batalha entre os dois lados.

Marcado para começar no próximo dia 23, o recesso parlamentar chega antes mesmo do fim do prazo para apresentação de defesa por parte da presidente da República Dilma Rousseff (PT). Aliados da petista defendem um rito célere, com a suspensão do recesso, alegando temor quanto à possibilidade de aprofundamento dos números negativos da economia.

O presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ainda não informou qual medida defende. Mas a decisão não cabe somente a ele. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que anda às turras com Cunha, também tem de opinar. “Nós queremos impedir que o país sangre mais”, declarou o deputado Sibá Machado (AC), líder da bancada do PT na Casa.

Em um primeiro momento, a oposição adotou discurso semelhante: não haveria sentido “tirar férias” no meio do furacão. Horas depois, recuou. A estratégia do Planalto, justificaram líderes, seria colocar o tema em votação já em janeiro, quando a população “está desmobilizada”.

“Nós suspeitamos que o governo quer acelerar para sufocar. É uma manobra para enterrar o processo”, disse o deputado Mendonça Filho (PE), líder do Democratas.

Ainda sem votos suficientes para cassar o mandato da petista – pelos cálculos que circulam entre os gabinetes -, a oposição quer contar com a pressão nas ruas. “A manifestação é importante para sensibilizar os parlamentares”, disse o deputado pelo Paraná Rubens Bueno, líder da bancada do PPS.

Briga pelos indecisos

A formalização de uma comissão especial para tratar do impeachment organizou rapidamente as forças políticas, que agora iniciam a busca pelo “voto dos indecisos”.

“O PSDB insiste em um terceiro turno da eleição, mesmo que isso vá contra a democracia. É um golpe baixo e sujo dos tucanos”, afirmou o líder petista Sibá Machado.

“Ninguém torce (para que um processo de impeachment seja aberto). Mas a responsabilidade por isso é exclusivamente desse governo”, disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG), na primeira entrevista que concedeu à imprensa logo após o anúncio de Cunha, ainda na noite de quarta-feira (2).

GAZETA DO POVO

1 Comentário

Maria Betânia Rodrigues Silva

dez 12, 2015, 11:49 am Responder

A população está mobilizada sim,e principalmente,vacinada,contra infecções generalizadas como:DEM,PSDB,e outros Ps que fazem mal a esse país!!!!!!!!

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