Condenação de Lula não abate planos do PT local, afirmam lideranças

O PT do Rio Grande do Norte não vai recuar de seu planejamento para as eleições de 2018, mesmo após a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sido confirmada na segunda instância da Justiça, o que pode retirá-lo do pleito e até levá-lo à prisão. Lideranças do partido ouvidas pela reportagem não só confirmam que a proposta inicial está mantida, como também dizem que as pretensões estão “reforçadas”.

O deputado estadual Fernando Mineiro considera que a condenação de Lula “não terá impacto negativo a nível regional”. Na avaliação do parlamentar, inclusive, a pré-candidatura de Lula à Presidência ganhará intensidade em breve. “Acho mesmo que as intenções de votos nele aumentarão, porque a população percebe que é pura perseguição”, opina. “E acho que os projetos eleitorais locais têm dinâmicas próprias”, acrescenta.

Para a vereadora da capital Natália Bonavides, que é advogada, o processo que resultou na condenação de Lula é uma “farsa jurídica”, o que abre espaço para o debate na opinião pública e indica os caminhos que o PT local deve seguir na eleição.

“A injustiça só reforça que a nossa política para 2018 deve ser uma aliança programática com setores que combateram o golpe e seguem combatendo as medidas golpistas da retirada de direitos, liberdades democráticas e em defesa da soberania nacional”, destaca Natália, que defende candidaturas próprias do partido para a Câmara Federal e a Assembleia Legislativa, além do Governo do Estado, como plataformas de defesa de Lula.

O vereador em Natal Fernando Lucena considera que Lula foi condenado sem provas e que o ex-presidente segue na disputa ao Palácio do Planalto. “Os três desembargadores pau-mandados falaram de tudo, menos do tríplex. Não falaram, porque não tem nenhuma prova. O povo sabe que é golpe. A única chance de o Brasil sair do buraco é com Lula. A guerra ainda nem começou. Lula é candidatíssimo”, afirma.

Quanto aos planos locais, Lucena diz que o planejamento do PT será um reflexo da proposta nacional, que é ampliar a bancada do partido no Congresso Nacional, sobretudo na Câmara. “Vamos eleger 150 deputados federais, essa é a prioridade. Vamos ter essa discussão agora em março”, finaliza.

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