Congresso perdoa R$ 1 bi em dívidas de igrejas; texto aguarda a sanção ou veto do presidente

Foto: Isác Nóbrega/ PR

Um projeto aprovado pelo Congresso Nacional pode anular dívidas tributárias de igrejas acumuladas após fiscalizações e multas aplicadas pela Receita Federal. Segundo apuraram o jornal O Estado de S. Paulo e o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o valor do “perdão” seria de quase R$ 1 bilhão.

O texto aguarda a sanção ou veto do presidente Jair Bolsonaro, que tem na bancada evangélica um importante pilar de sustentação política de seu governo. Ele tem até 11 de setembro para decidir se mantém ou não a benesse aos templos religiosos.

Como revelaram Estadão e Broadcast no fim de abril, Bolsonaro promoveu na época uma reunião entre o deputado federal David Soares (DEM-SP), filho do missionário R. R. Soares, e o secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, para discutir os débitos das igrejas. O presidente já ordenou à equipe econômica “resolver o assunto”, mas os técnicos resistem. Bolsonaro também já defendeu publicamente a possibilidade de acabar com taxas ainda pagas pelas igrejas e “fazer justiça com os pastores, com os padres, nessa questão tributária”.

David Soares foi autor da emenda que introduziu, durante a votação na Câmara dos Deputados, o perdão que pode beneficiar inclusive a Igreja Internacional da Graça de Deus, fundada pelo pai do deputado. A instituição tem R$ 37,8 milhões inscritos na Dívida Ativa da União, além de outros débitos milionários ainda em fase de cobrança administrativa pela Receita.

Contatado por telefone e informado do conteúdo dessa reportagem, o deputado disse que não concederia entrevista. (veja mais em ISTOÉ)

1 Comentário

GIl Braz Silva Romero

set 9, 2020, 2:54 pm Responder

Deve haver um estudo muito detalhado pelos órgãos competentes, como foi o andandamento dessas despezas, ou seja como foi gasto, através de notas fiscais e muitos outros meios que os órgãos públicos têm a seu dispor, porque é preciso ter muito cuidado dos desvios de dinheiro por parte dos dirigentes e pequenos grupos, que sempre querem só si, infelizmente é quase certeza de ter havido, pois a onde existe possibilidades não devemos ausenta-las, para que não haja injustiça com o povo, principalmente o mais pobre, caso não hajam irregularidades o que é quase impossível, e daí haver um julgamento o melhor possível para as ambas as partes. O importante é saber se esses erros foram propositalmente ou não, porque mais das vezes há erros que não são propositalmente.

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