Corpo de Jane di Castro, atriz e cantora, é enterrado no Rio; artista lutava contra um câncer e morreu na sexta (23)

Foto: Celso Tavares/G1

O corpo da atriz e cantora Jane di Castro foi enterrado no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio, na tarde deste sábado (24). Jane lutava contra um câncer e morreu nesta sexta-feira (23), aos 73 anos.

Junto com a amiga Rogéria, a artista integrou uma geração que abriu caminho para a representatividade trans e travesti no mundo do entretenimento. Ela era admirada e respeitada pelo público e pela crítica.

Ela era carioca e começou a trabalhar como cabeleireira, mas depois se dedicou aos palcos sendo dirigida por nomes como Bibi Ferreira e Ney Latorraca.

Um dos seus últimos trabalhos como atriz, foi na novela a Força do Querer, de Gloria Perez. Em outubro, Jane escreveu nas suas redes sociais que amou ter feito essa novela, e agradeceu à autora. Jane também foi uma das estrelas do premiado documentário Divinas Divas, dirigido por Leandra Leal.

Em 2017, em uma entrevista para o jornalista Pedro Bial, Leandra falou da importância do trabalho de Jane e Rogéria. Veja vídeo abaixo.

Nesta sexta, a atriz fez uma publicação em uma de suas redes sociais em homenagem a Jane de Castro. Em um dos trechos ela escreveu:

” Minha amada Jane di Castro era maravilhosa, cantora, atriz, produtora, síndica, talentosa, disciplinada, teimosa e cheia de vida. Ela viveu a altura do seu sonho, o que exige coragem e força. Ela batalhou: saiu de casa em Oswaldo Cruz e foi ser estrela na Praça Tiradentes, depois no Rival, em Paris, Luxemburgo, NY, Copacabana. Amou e foi amada como ela desejava, foi casada por mais de 50 anos com Otavio, que conheceu na plateia de um espetáculo que ela protagonizava no Rival. Grandes momentos da sua vida e da sua carreira aconteceram lá.”

No programa Estúdio I da GloboNews, o jornalista Artur Xexéo disse que Jane de Castro foi de uma geração corajosa. “A Jane com outras colegas como Rogéria, Valéria e a Veruska lutaram contra o preconceito e mudaram a cabeça do Brasil sobre a travesti. Mais do que uma atriz, ou cantora ou artista, a Jane era uma personalidade.”

G1

Escreva sua opinião

O seu endereço de e-mail não será publicado.