Covid-19: Abril já é o mês com mais mortes no Brasil

Dados do Ministério da Saúde mostram 3.076 óbitos no sábado (24) e 67.977 no acumulado do mês

O número de pessoas que não resistiram à Covid-19 no Brasil subiu para 389.492. Em 24 horas, foram registradas 3.076 mortes. Há ainda 3.588 óbitos em investigação no país.

O Brasil bateu um novo recorde mensal neste sábado (24) com 67.977 mortes por Covid-19 em abril, o mês mais letal da pandemia no país, ultrapassando a marca de 66.573 óbitos de março, segundo dados do Ministério da Saúde.

Já o total de pessoas infectadas pelo coronavírus desde o início da pandemia chegou a 14.308.215. Em 24 horas, foram confirmados pelas autoridades sanitárias 71.137 novos casos.

Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite deste sábado (24). O balanço é produzido a partir de informações fornecidas pelas secretarias estaduais de saúde.

Apesar da marca negativa, especialistas observam uma estabilização nas curvas de casos e mortes pelo vírus, após meses de agravamento no Brasil, segundo país com mais mortes pela pandemia no mundo.

Há, ao todo, 1.151.951 pessoas com casos ativos da doença em acompanhamento por profissionais de saúde e 12.766.772 pacientes já se recuperaram.

Fiocruz

Na sexta-feira (23), um relatório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que “nas últimas duas semanas houve a estabilização do número de casos e óbitos por covid-19, o que caracteriza a formação de um novo patamar de transmissão”. Esse patamar, afirma a Fiocruz, deve permanecer em torno de 3.000 mortes por dia nas próximas semanas.

O Brasil começou 2021 com um recrudescimento dramático nas infecções e mortes por Covid-19, depois que a taxa de transmissão diminuiu na segunda metade de 2020. Antes de março, o mês mais mortal da pandemia havia sido julho de 2020, com 32.881 mortes.

Essa nova fase da pandemia no Brasil é marcada pelo aumento de jovens em unidades de terapia intensiva, bem como nas estatísticas de óbitos. Nos primeiros dias de abril, “a faixa etária de 20 a 29 anos foi a que registrou o maior aumento no número de óbitos por covid-19 (1.018%)”, informou a Fiocruz. No caso das infecções, o maior aumento ocorreu entre as pessoas de 40 a 49 anos (1.173%).

Embora a vacinação avance entre os grupos prioritários (indígenas com mais de 60 anos e funcionários da saúde, entre outros), o governo federal continua alterando as metas de imunização devido à demora nas negociações com os laboratórios. Até o momento, o Ministério da Saúde planeja imunizar os grupos prioritários (77 milhões de pessoas) até setembro.

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