Covid-19: Argentina amplia horário de toque de recolher e fecha escolas

Foto: Reprodução

O presidente argentino, Alberto Fernández, ampliou em quatro horas o horário do toque de recolher anunciado há uma semana e suspendeu uma série de atividades, incluindo as aulas presenciais, até 30 de abril, com o objetivo de evitar a saturação de hospitais. O anúncio foi seguido de um forte panelaço em Buenos Aires que avançou pela madrugada desta quinta-feira (15) em frente à residência presidencial.

“O que tentamos na semana passada foi pouco. Todo o esforço que fizemos até aqui parece insuficiente diante do aumento dos contágios na Argentina. Por isso, decidi que entre as 20h e as 6 horas não será permitido circular pelas ruas”, anunciou Alberto Fernández, em rede nacional de rádio e TV, direto da residência presidencial.

Na semana passada, Fernández já tinha ordenado que bares e restaurantes só funcionassem até as 23h, horário que agora também diminuiu em quatro horas.

“Todas as atividades comerciais só poderão acontecer entre 9h e 19h. As atividades gastronômicas ficarão fechadas em horário noturno. Também suspendi todas as atividades recreativas, sociais, culturais, esportivas e religiosas em lugares fechados”, determinou o presidente, incluindo na lista aquilo que o governo prometeu que seria a última atividade a ser fechada: as escolas.

“Todas essas medidas incluem a suspensão de aulas, durante duas semanas a partir de segunda-feira. Alunos e professores não irão à escola. A educação será virtual, à distância. As demais medidas começaram a valer a partir da zero hora de sexta-feira e até o dia 30 de abril”, detalhou, explicando que as decisões visam dois objetivos: “não interromper a campanha de vacinação e evitar que o sistema de Saúde fique saturado”.

O anúncio de fechamento das escolas e universidades foi surpresa até mesmo para o ministro da Educação, Nicolás Trotta, que, horas antes, tinha dito que “as escolas não seriam fechadas” porque “são uma prioridade”. Segundo ele, “nas escolas, o risco de contágio é baixo. A evidência demonstra isso. As escolas não serão fechadas”, garantiu o ministro, depois da experiência de 2020, ano em que não houve aulas presenciais. VEJA AQUI.

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