Delação de Marcos Valério detalha relação entre PT e a facção criminosa PCC

Uma bomba caiu nesta sexta-feira (1º), no cenário político brasileiro. Um dos protagonistas do escândalo do Mensalão, Marcos Valério Fernandes de Souza, condenado a 37 anos de cadeia, detalhou o que seria a relação entre petistas e o Primeiro Comando da Capital (PCC), a principal facção criminosa do país.

A notícia foi publicada pelo portal da revista Veja. A publicação revela trechos inéditos da delação premiada que o publicitário fechou com a Polícia Federal – e que foi homologada pelo ministro aposentado do STF Celso de Mello. Em um de seus mais emblemáticos depoimentos, Valério afirma que ouviu do então secretário-geral do PT, Sílvio Pereira. Assista o vídeo no início da matéria. 

Marcos Valério revelou ainda que o empresário do ramo dos transportes Ronan Maria Pinto chantageava o então presidente Lula para não revelar o que supostamente seria uma bala de prata contra o partido. O detalhes de como funcionava o esquema de arrecadação ilegal de recursos para financiar petistas, acrescentando que soube da suposta chantagem contra Lula após conversar Pereira.

De acordo com o delator, o então secretário-geral petista o informou que Ronan ameaçava revelar que o PT recebia clandestinamente dinheiro de empresas ônibus, de operadores de transporte pirata e de bingos e que, neste último caso, os repasses financeiros ao partido seriam uma forma de lavar recursos do crime organizado. Valério é claro ao explicar a quem se referia ao mencionar, genericamente, crime organizado: o PCC.

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