Dono de cachorro-quente é suspeito de matar delegados da PF em Florianópolis

O homem baleado durante uma briga que resultou na morte de dois delegados da Polícia Federal na madrugada desta quarta-feira (31) em Florianópolis é o principal suspeito de atirar contra eles, segundo a Polícia Civil.

A troca de tiros entre o homem, que é dono de um trailer de cachorro-quente, e os dois policiais ocorreu em uma casa noturna na rua Fúlvio Aducci, bairro Estreio, na área continental da capital catarinense por volta das 2h.

“A discussão ocorreu no corredor de acesso às kitnets, só os três. Foi uma discussão trivial que resultou nisso aí”, afirma o delegado Ênio de Matos, da Delegacia de Homicídios da capital. Ele não detalhou a motivação da discussão. Os policiais federais não estavam em serviço.

Segundo Matos, a briga envolveu os delegados Adriano Antonio Soares e Elias Escobar e o suspeito, que estaria acompanhado de outro homem. Este não havia sido localizado pela polícia até as 12h30 desta quarta-feira.

No entanto, entre os policiais circula a informação que o homem e os dois delegados brigaram no andar de cima no local, que é conhecido pelos moradores como uma casa de prostituição. Quando desceram as escadas para ir embora, foram recebidos a tiros por outros dois homens que estavam na rua, como mostrou o Jornal do Almoço. Escobar morreu no local e Soares no hospital.

Suspeito internado

O suspeito de atirar nos dois delegados foi internado. Segundo a Delegacia de Homicídios, ele teria efetuado o disparo com a própria arma e é dono de um comércio de cachorro-quente localizado próximo à casa noturna. Até as 13h, o delegado averiguava se o suspeito possuía passagens e se tinha porte de arma.

Os delegados também atiraram, conforme Matos. Até as 12h30 o suspeito estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e, por isso, ainda não foi ouvido. A advogada dele informou à equipe da RBS TV que ele passava por uma cirurgia e não corria risco.

Delegados

Os dois delegados mortos a tiros trabalhavam no estado do Rio de Janeiro e estavam em Florianópolis participando de um curso.

Adriano Antonio Soares era delegado chefe da Polícia Federal em Angra dos Reis e abriu a investifação do acidente aéreo que causou a morte do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Já Elias Escobar atuava em Niterói após passar pela delegacia da Polícia Federal de Volta Redonda.

Em nota, a Polícia Federal lamentou a morte dos policiais e esclareceu que o inquérito que apura o acidente envolvendo a morte de Teori encontra-se em Brasília, presidido por outro delegado, e apenas foi registrado em Angra dos Reis, local do fato.

Nota da Polícia Federal

A Polícia Federal lamenta a morte de dois delegados, ocorrida na madrugada de hoje (31/05) em Florianópolis/SC. Os dois atuavam em Angra dos Reis e Niterói, respectivamente, e estavam na cidade participando de uma capacitação interna. O falecimento dos policiais decorreu de uma troca de tiros em um estabelecimento na capital catarinense. Neste momento de imensa tristeza, a Polícia Federal expressa suas condolências e solidariedade aos familiares e amigos enlutados. Sobre informações que relacionam um dos policiais mortos à investigação do acidente aéreo que vitimou o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, a PF esclarece que o inquérito que apura o caso encontra-se em Brasília/DF, presidido por outro delegado, e apenas foi registrado em Angra dos Reis, local do fato.

G1

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