Donos de bares em Natal pedem socorro. Propõem trabalhar com medidas de segurança e que a fiscalização seja rigorosa

Passado mais de um ano de instabilidade e incertezas, donos de bares de Natal se uniram em forças para tentar amenizar os problemas sérios acarretados pela pandemia. 

O pedido de socorro dos pequenos e médios empresários do setor ficou mais forte e sofrido com a renovação do decreto que mantém  por mais oito dias medidas rígidas de enfrentamento à pandemia de covid. 

Conscientes e compreendendo que o momento é delicado e requer cuidados extremos, os proprietários querem chamar a atenção da população e das autoridades sobre a dramárica situação que estão passando. 

Proprietário do A Confraria 084, Lucas Costa desabafa:

– Nossos funcionários estão ‘pedindo arrego’ e a gente fica sem saber como ajudar. O que a gente quer é poder trabalhar, pagar os salários dos nossos colaboradores. Trabalhar de maneira correta, obedecendo protocolos de segurança. Flexibilizar, orientar, mas permitir que a gente trabalhe de maneira correta. 

Enquanto durou a flexibilização, muitos empresários trabalharam de maneira correta, obedecendo os protocolos sem promover aglomeração. Infelizmente outros não seguiram as orientações e promoveram cenários indevidos. “Esses devem sim ser punidos e pagar pelos seus erros” considera Thiago Ovídio, dono do Buxixo Botequim. 

Complementa:

– Nós queremos protocolos rígidos para funcionar e exigimos uma fiscalização eficiente, que puna quem descumpre e deixe trabalhar àqueles que seguem corretamente os protocolos. Famílias estão passando fome. Os empresários estão sem condições de pagar seus funcionários e fornecedores, pois estão sem faturamento.  Estamos sem condições até mesmo de pedir empréstimos. Muitos já estão com o nome sujo sem conseguir cumprir suas obrigações. Tudo isso sem nenhuma perspectiva de retorno das atividades para que a situação melhore. 

O desabafo de Thiago representa toda indignação dos demais empresários do setor que querem trabalhar com distanciamento entre mesas e cadeiras, utilização de álcool gel e máscaras pelos funcionários e clientes, de acordo com o protocolo que for decretado. E, acima de tudo, pedem fiscalização eficiente que puna os infratores e permita que os bares que seguem as determinações continuem com suas atividades.

Autor(a): Eliana Lima

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