Em dia de julgamento no TRF-4, simpatizantes fazem ato pró-Lula em Natal

O Centro de Comercialização e Abastecimento da Agricultura Familiar, na Avenida Capitão-Mor Gouveia, em Lagoa Nova, foi o ponto escolhido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Natal para concentrar os manifestantes que, nesta quarta-feira, 24, farão uma espécie de vigília enquanto durar, em Porto Alegre (RS), o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Além de natalenses, são aguardados para o ato grupos do interior, mas a CUT não divulgou a expectativa de presença. Da Central de Comercialização e Abastecimento da Agricultura Familiar, a ideia é mobilizar o maior número de pessoas para a frente prédio da Justiça Federal do RN, ali perto.

Ontem, no Espaço Cultural Ruy Pereira, na Cidade Alta, houve uma série de pequenos eventos de apoio ao ex-presidente, entre eles um julgamento simulado com a participação de advogados ligados a uma associação de juristas potiguares simpatizantes do PT.

RITO DO JULGAMENTO

A sessão do TRF-4 desta quarta-feira, 24, julgará recursos tanto da defesa quanto da acusação do ex-presidente e outros cinco réus no caso do tríplex do Guarujá.

Os procedimentos serão julgados pelos três desembargadores da 8ª turma do tribunal. Tratam-se de recursos à decisão proferida pelo juiz Sérgio Moro. Em jogo, a suspensão da pena ou a extensão dela. Lula foi condenado na primeira instância a 9 anos e 6 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O ex-presidente é acusado de receber como propina um apartamento de três andares, de frente para o mar, no litoral paulista, em troca de vantagens para a construtora OAS no Governo Federal.

A sessão do TRF-4 começa com a abertura do presidente da 8ª Turma, desembargador federal Leandro Paulsen. Em seguida, o relator, desembargador federal João Pedro Gebran Neto, faz a leitura do seu parecer.

Na sequência, fala o representante do MPF, que, por se tratar de diversos réus, terá 30 minutos para se manifestar. A seguir, falam os advogados de defesa, com tempo máximo de 15 minutos cada réu. Ao todo, será disponibilizada uma hora para o conjunto das sustentações orais da defesa.

Na continuidade, Gebran lê o seu voto. O revisor, desembargador Leandro Paulsen, faz o mesmo, seguido pelo desembargador federal Victor Luiz dos Santos Laus. O presidente da turma, então, proclama o resultado.

Caso seja confirmada a condenação, Lula, que é pré-candidato a presidente, pode se tornar inelegível.

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