Encher o tanque até a boca danifica o carro e leva risco à saúde dos frentistas; lei proíbe

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O tema foi exposto hoje em programa matinal na Rede Globo de Televisão

Ambientalistas e o deputado estadual Carlos Minc (PT-RJ) promoveram em 2015 atos para conscientizar motoristas do Rio de Janeiro sobre os riscos de encher o tanque de gasolina “até a boca”. Ao pedir para que os frentistas abasteçam o tanque além da programação automática das bombas, eles expõem os profissionais a níveis até três vezes maiores de benzeno, substância considerada cancerígena.

O médico do trabalho Luiz Roberto Tenório explica que a exposição, ainda que pequena, causa problemas de saúde, por ser diária e prolongada. “Quando se manda encher o tanque [além do travamento], esse pouquinho [a mais] que passa faz com que o benzeno contamine os frentistas. E essa contaminação por benzeno é muito perigosa porque pode causar câncer de pulmão e é responsável por uma doença muito grave que é a leucemia.”Tenório destaca que a contaminação crônica por benzeno pode levar a complicações no fígado e nos rins e causar insuficiência renal e depressão. Para os motoristas, não há riscos, já que a exposição não é prolongada.

A prática de abastecer além do travamento automático da bomba já é proibida por lei no estado do Rio. Em vigor desde 21 de janeiro deste ano, a Lei 6.964/2014 prevê multa de 5 mil unidades fiscais de referência (Ufirs) – R$ 13.559 mil – para os postos de gasolina que descumprirem a legislação. O valor pode chegar a R$ 27.119 mil, caso haja reincidência.

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