Enem bate recorde de impopularidade nas redes sociais

A confiança e o apoio nas redes sociais ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) caiu em novembro, mês em que a prova foi realizada, aos níveis mais baixos já registrados.

Só 29% dos posts faziam menções positivas ao exame ante índices de mais de 90% observados em 2017 pela agência .MAP, que analisa uma amostra do total de 1,4 milhão de mensagens diárias no Twitter e perfis abertos do Facebook. O Enem foi o sexto assunto mais comentado do ano nas redes, na frente de emprego e de corrupção, de acordo com a pesquisa.

A pandemia, as incertezas políticas no governo de Jair Bolsonaro e a crise no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) são apontadas como razões para queda de popularidade do maior vestibular do País. Segundo os responsáveis pela pesquisa, as denúncias de interferência ideológica no Enem, que vêm desde o início do atual governo e se intensificaram no último mês, acabaram minando a reputação de um exame de qualidade.

“As interações nas redes mostram que o estudante, principalmente o que tem menos estrutura, não se sentia preparado para o Enem depois de mais de um ano em ensino remoto. Eles consideraram que essa prova foi elitista”, diz a diretora da .MAP, Giovanna Masullo. “E ainda apareceu muita desconfiança com relação à qualidade da prova por causa das interferências do governo”, completa.

Correio Braziliense

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