17 de junho de 2016

Entidades discutem termo de pré-alocação para uso de água no Perímetro Irrigado do Sabugi

A escassez de água já começa a gerar conflitos em comunidades rurais da região do Seridó. Na Vila II do Perímetro Irrigado Sabugi, zona rural de Caicó não é diferente. Irrigantes de pequenos lotes dividem com usuários da Vila, a pouca água que resta na Barragem Comunitária do Rio Sabugi, mas diante das poucas chuvas e a baixa no volume hídrico, é chegada a hora de intensificar as discussões de prioridades do uso. 

Tanto que, em reunião com moradores na noite desta quinta-feira (16), o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piancó-Piranhas-Açu iniciou a discussão em torno de um termo de pré-alocação para disciplinar o referido uso. Representantes do IGARN, DNOCS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais também participaram da reunião.

Para Cícero Damião, vice-presidente da Associação, a situação de falta d’água geralmente se agrava a partir de julho de cada ano. Por enquanto, a água nas cisternas das residências tem garantido o abastecimento humano. “A barragem está secando rápida demais. Mas a gente nem defende a suspensão da irrigação, apenas que essa água seja usada de forma controlada”, disse.

O Instituto de Gestão das Águas do RN, através do seu diretor-presidente, Josivan Cardoso confirmou que, apesar do IGARN não ter competência sobre o Rio Sabugi, cuja responsabilidade é da União, o Instituto estará dando o suporte necessário, dentro de seus limites.

 “O IGARN vai vir aqui com os técnicos para verificar a disponibilidade de água que tem nesta barragem, juntamente com o DNOCS que vai levantar os dados de demanda, o que está sendo usado, quanto está sendo usado, tanto pra Vila como para os irrigantes, pra que façamos um cenário de como essa água consegue ficar por quanto tempo”.

Com esses dados em mãos, o presidente do CBH-PPA, José Procópio de Lucena acredita que já na próxima reunião, as condições para a assinatura de um termo de pré-alocação, para o uso das águas da barragem, estarão mais claras. “É dessa forma que se faz realmente a alocação de água, discutindo com a comunidade o direito de usar a água de forma correta”.