Fábio Cleto diz que indicação à vice da Caixa “passou” por Henrique; defesa do ex-ministro nega

O ex-vice presidente da Caixa Econômica Federal, Fábio Cleto, que está preso em Campinas, prestou depoimento na última quinta-feira 26 por meio de videoconferência ao juiz federal Vallisney Oliveira, de Brasília, em que afirmou que sua indicação para o cargo na CEF havia passado pelo ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB).

“O meu currículo saiu da mão de Lúcio Funaro, que passou para Eduardo Cunha. Foi entregue, então, ao Henrique Eduardo Alves, que levou ao [ex-ministro Antonio] Palocci, que levou até o [o ex-ministro Guido] Mantega”, disse Fábio Cleto.

A defesa de Henrique, representada pelo advogado Marcelo Leal, negou as acusações de Cleto. De acordo com Leal, ao perguntar ao ex-vice presidente da Caixa se Henrique estaria envolvido em esquemas de desvios, Cleto (segundo a palavra de Leal) disse desconhecer qualquer aproximação do ex-presidente da Câmara dos Deputados na matéria, contradizendo o queo réu havia dito.

“Perguntei se ele atribuía sua nomeação à vice-presidência da Caixa a Henrique Alves e ele [Cleto] disse que não; perguntei à testemunha sobre cada uma das operações feitas na Caixa Econômica Federal com FI-FGTS e se elas teriam envolvimento de Henrique – ele [Cleto] disse que Henrique não teve qualquer participação”, disse o advogado Marcelo Leal.

Henrique, Cunha e Cleto são réus na Operação Sépsis, desdobramento da Lava Jato, que investiga um esquema de propinas no Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS).

Agora RN

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