Forças Armadas devem “permanecer quietinhas em seu canto” nas eleições, diz Joaquim Barbosa

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa criticou uma fala do ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, sobre a segurança das urnas eletrônicas e disse que as Forças Armadas “devem permanecer quietinhas e ficar no canto delas” ao longo do processo eleitoral. As forças de segurança integram a Comissão de Transparência Eleitoral do TSE desde setembro de 2012.

O ministro afirmou que “nenhum sistema é inviolável”, incluindo as urnas eletrônicas, durante audiência no Congresso Nacional, nesta quarta-feira 6. E que tem tratado do processo eleitoral por ter sido convidado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a participar das discussões.

“As Forças Armadas estavam quietinhas em seu canto e foram convidadas pelo TSE a participarem dessa Comissão de Transparência Eleitoral (…). Meu envolvimento foi único e exclusivamente por ter sido convidado pelo TSE para fazer parte desse processo”, disse Nogueira.

Sobre a declaração do ministro, Barbosa escreveu: “Ora, general, as Forças Armadas devem permanecer quietinhas em seu canto, pois não há espaço para elas na direção do processo eleitoral brasileiro. Ponto”.

Ele disse ainda que insistir numa “pressão desabrida e cínica sobre a Justiça Eleitoral, em clara atitude de vassalagem em relação a Jair Bolsonaro, que é candidato à reeleição, é sinalizar ao mundo que o Brasil caminha paulatinamente rumo a um golpe de Estado. Pense nisso, general”, escreveu Barbosa.

Segundo o ex-ministro do STF, o Brasil tem um ramo da Justiça independente que foi concebido “precisamente para subtrair o processo eleitoral ao controle dos políticos”. “E dos militares de casaca, claro.”

2 Comentários

pedro

jul 7, 2022, 9:09 am Responder

O presidente da República é quem tá fazendo toda a agitação, botando as Forças Armadas dentro da política, coisa nunca vista no brasil, ele é quem tá fazendo tô embaraço, é muito perigoso.

pedro

jul 7, 2022, 9:29 am Responder

As Forças Armadas tem conhecimento da vida do presidente desde que ele tava no Exército, que ele praticou dentro do quartel, ele é perigozo e não vai lhe dá apoio aos erros dele.

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