Gleisi é pivô de novo bate-boca e sessão do julgamento de Dilma é interrompida

Após um grande bate-boca no plenário do Senado nesta sexta-feira (26), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, suspendeu o julgamento da presidente da República Dilma Rousseff por volta das 11 horas. A sessão só será retomada às 13 horas.

Tudo começou com o bate-boca entre os senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Lindbergh Farias (PT-RJ) e terminou com ataques do próprio presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).




Com os ânimos aparentemente voltando à normalidade após a briga entre Lindbergh e Caiado, o presidente do Senado resolveu ir ao microfone para se desculpar a Lewandowski pelo baixo nível das discussões: “Eu fico muito triste porque esta sessão é a demonstração de que a burrice é infinita”.

Ao final do discurso, contudo, Renan acrescentou que estava indignado com a declaração da senadora Gleisi, que na sessão anterior disse que a Casa não tinha “moral” para julgar a presidente Dilma.

“Como a senadora pode fazer uma declaração dessa, exatamente uma senadora que há 30 dias o presidente do STF conseguiu desfazer seu indiciamento e de seu esposo?”, atacou Renan, abrindo um novo bate-boca, só interrompido quando Lewandowski anunciou a “antecipação do almoço”.

Repercussão

Mesmo após a suspensão da sessão, dezenas de senadores permaneceram no plenário. Gleisi e aliados saíram para uma reunião de emergência. Renan também deixou o plenário sem falar com a imprensa. Indignado com o episódio, o senador Lindbergh Farias disse em entrevista à imprensa que a fala de Renan Calheiros “surpreendeu todo mundo”.

“Ele parecia descompensado. Todo mundo sabe: não dá para ele negar a situação de desmoralização que existe no Congresso Nacional. É um fato real. É um bocado de gente querendo afastar uma mulher honesta”, afirmou o petista, em defesa da declaração da paranaense.

“Eu acho que ele perdeu a chance de ficar calado. Ele podia ter tido uma fala para acalmar os ânimos e, pelo contrário, ele tocou mais fogo. Nós não temos sangue de barata. Nós vamos reagir. Mas pedimos um mínimo de respeito”, acrescentou o senador.

GAZETA DO POVO

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