Governadora apoia Carta de Secretários do NE que pede volta do auxílio de R$ 600 para famílias em situação de vulnerabilidade

Foto: Fabiano Trindade

Defesa foi realizada, nesta terça-feira (23), durante a abertura da Jornada de Acolhida aos Novos Gestores da Assistência Social do RN

A governadora Fátima Bezerra disse que vai levar ao Fórum dos Governadores do Nordeste a proposta de subscrição à Carta dos Secretários(as) de Assistência Social do Nordeste. O documento reivindica com urgência a imediata implementação do auxílio emergencial pelo governo federal no patamar de R$ 600,00 podendo chegar a R$ 1.200,00 como era antes.

A afirmação da chefe do Executivo estadual foi feita nesta terça-feira (23) durante a abertura da Jornada de Acolhida aos Novos Gestores da Assistência Social do RN, promovida pela Sethas – Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social.

Fátima Bezerra reiterou que a volta do auxílio emergencial nunca deveria ter sido finalizado, porque a pandemia ainda não acabou. “Estamos reivindicando a volta daquilo que nunca deveria ter ido embora. Uma crueldade, uma falta de sensibilidade o governo federal suspender o auxílio quando a pandemia ainda continua.”

Aos novos gestores, entre prefeitos(as), secretários(as) de assistência social e técnicos(as) do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) do RN, que participaram da abertura da Jornada de Acolhida, a governadora lembrou do investimento de R$ 114 milhões que o Governo está destinando em defesa da vida e da economia no Rio Grande do Norte, apesar de ter recebido o Estado quebrado em suas finanças e orçamento. Desse total, R$ 20 milhões são para compra da vacina russa Sputinik junto com o Consórcio Nordeste que vai adquirir 39 milhões de doses para vacinar a população da região.

Na proteção social, está sendo investido R$ 36 milhões para famílias em situação de vulnerabilidade. Também serão distribuídas 30 mil cestas básicas às famílias de baixa renda, isenção da tarifa social da Companhia de Águas e Esgotos (Caern) para 20 mil famílias além da suspensão por noventa dias do corte da água por inadimplência dos consumidores enquadrados na tarifa social e popular da Caern, e crédito de até R$ 12 mil sem juros para trabalhadores informais e microempreendedores individuais.

Na medida de proteção à vida, às pessoas e à economia, o Governo do RN está renunciando R$ 56 milhões em impostos, além de prorrogação do Super Refis, destinando R$ 10 milhões em linhas de crédito para bares e restaurantes com isenção da tarifa de água por noventa dias a 4.200 estabelecimentos, crédito de até R$ 50 mil via AGN, como também prorrogação do ICMS e do Simples Nacional também por noventa dias.

Ao saudar novos gestores e participantes, o senador Jean-Paul Prates disse que, no Congresso, está envolvido por uma política social constitucional no Estado brasileiro de bem estar. “É necessário em um país como o Brasil ter um sistema unificado de assistência social”, disse, complementando que todos devem ajudar e apoiar na forma que lhe cabe.

INVESTIMENTOS

Com investimento de R$ 8,8 milhões em ações emergenciais no ano de 2020, a Sethas desenvolveu ações para o enfrentamento da pandemia que afetou, sobretudo, a população mais vulnerável. A secretaria atuou para uma melhor assistência aos idosos; às mulheres em situação de violência, com abertura de uma casa de acolhimento em Mossoró para atender todo o RN; na distribuição de 60 mil cestas básicas a igual número de famílias; aos povos tradicionais e no fornecimento de alimentos prontos e kits de higiene para a população em situação de rua, migrantes, refugiados e apátridas, conforme enumerou a secretária da Sethas, Iris Oliveira.

De acordo com ela, falta de comprometimento do governo federal com o SUAS agrava a situação do Rio Grande do Norte e Nordeste em geral. “A assistência social tem que dar respostas e atender a população em situação de vulnerabilidade social, destacou.

Secretário Extraordinário para Gestão de Projeto e Metas do Governo e Relações Institucionais (SEGRI) e também coordenador do Pacto pela Vida, Fernando Mineiro destacou que o Estado não tem recursos para um auxílio emergencial diante da crise financeira. Por outro lado, depois de um ano, o decreto de medidas mais restritivas é um sinal de união em favor da vida. “Não existe economia sem vida”, pontuou.

Segundo o presidente do Colegiado Nacional de Gestores de Assistência Social (Congemas) e secretário municipal de Foz de Iguaçu, Elias Oliveira, a assistência social opera no campo da defesa dos direito e, por isso, é necessário entender o SUAS, a proteção social do estado brasileiro, como uma política de assistência social de direito e conquista histórica do povo brasileiro.

A conferencista Andréia Lauande, ex-presidente do Congemas, disse que neste momento é necessário que parlamentares, prefeitos e vereadores possam participar de eventos como a Jornada. “Vamos acionar nossos prefeitos para ocupar as frentes nacionais para que o Plano Nacional de Vacinação (PNI) seja alterado (e incluir trabalhadores/as do SUAS).”

Também participaram do evento: deputados estaduais – Isolda Dantas e Francisco Medeiros; vereadora de Natal, Divaneide Basílio; secretário estadual da Saúde, Cipriano Maia; secretária-adjunta do Gabinete Civil, Socorro Batista. O evento teve 120 inscrições com participação de prefeitos, prefeitas, secretários(as) de assistência social e técnicos(as) do SUAS.

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