Governo ameaça cortar abono salarial se reforma da Previdência não for aprovada

O governo Temer ameaça cortar o abono salarial caso a reforma da Previdência não seja aprovada pelo Congresso Nacional. 

O ministro se mostrou otimista em relação à aprovação, mas reconheceu que, caso não se concretize, medidas como a suspensão do abono salarial podem ser tomadas.

O benefício, no valor de até um salário mínimo, é pago uma vez por ano a trabalhadores que recebem até dois salários mínimos por mês. O custo anual para as contas públicas é de aproximadamente R$ 20 bilhões.

Ressalvando que o eventual corte do abono é uma “discussão teórica”, o ministro disse o seguinte na terça-feira (24): “Não há dúvida de que, se porventura não for aprovada a reforma da Previdência, outras medidas terão que ser tomadas”.

De acordo com Meirelles, se nada for feito, daqui a alguns anos o porcentual do Orçamento que passa ser ocupado pela Previdência será cada vez maior, tornando o governo, em última análise, inadministrável. “Portanto, temos aí a inevitabilidade de que despesas deverão ser cortadas. O problema é que mais de 70% do total das despesas são definidos pela Constituição. Então teremos que enfrentar medidas constitucionais”, disse.

No caso da Previdência, segundo o ministro, o importante é que todos tenham a garantia de vão receber a aposentadoria. De acordo com Meirelles, as pessoas ficam discutindo quando vão se aposentar. “Mas o problema é ter certeza de que vai receber e de que o valor não vai ser cortado no futuro. Tem países pelo Sul da Europa em que os valores das aposentadorias foram cortados em até 40%. Isso é péssimo. A população não pode ser prejudicada com isso”, disse.

Conforme o ministro, a melhor das políticas sociais é o emprego. “E nós estamos garantindo a geração de emprego e o crescimento. O país não pode conviver com despesas públicas enormes, um Estado cada vez maior, pagando cada vez mais benefícios e por outro lado 13 milhões de desempregados”, afirmou.

Leia Mais…

Escreva sua opinião

O seu endereço de e-mail não será publicado.