Homem é preso ao se passar por diretor e abusar sexualmente de 30 atrizes no Ceará

O suposto diretor de cinema Raphael Fyah, acusado por um grupo de 30 atrizes de abuso sexual em teste de elenco para filme, ficará preso por tempo indeterminado, segundo o delegado do 33º Distrito Policial, Sidney Furtado. “Indiciei, representei pela prisão preventiva, e o juiz decretou”, explicou.

A prisão deve atender aos princípios da necessidade. Dessa forma, o rapaz poderá responder ao artigo 216 do Código Penal, por atentato ao pudor mediantepreventiva não possui prazo para a sua duração determinado em lei, mas fraude. A prisão foi realizada na última quarta-feira (11), em Fortaleza.

De acordo com Sidney, o procedimento continuará em andamento. O próximo passo é encaminhar o inquérito policial ao Ministério Público, solicitando prorrogação de prazo. “O tempo para conclusão do processo já passou, mas ainda preciso ouvir outras garotas e também quem foi citado nos autos”.

O verdadeiro nome do rapaz é Francisco Raphael da Costa Silva, sendo conhecido pela polícia como Dentinho. Ele já responde a cinco acusações por estelionato. Se Raphael for condenado nesse novo caso, a pena é de reclusão por dois anos e seis meses.

Testes para filme

O caso, revelado pelo Tribuna do Ceará, começou a ser investigado após o registro de Boletim de Ocorrência feito por alunas de teatro da Universidade Federal do Ceará (UFC). Raphael teria convocado pelo menos 30 atrizes para participar de teste para a gravação do longa Barra do Ceará, de sua autoria, que teria cenas mais violentas do que filmes como Cidade de Deus e Tropa de Elite e teor sexual que se aproximaria dos filmes Ninfomaníaca e Azul é a Cor Mais Quente.

Os testes foram realizados no dia 3 de fevereiro, dentro do Centro Urbano de Cultura, Arte, Ciência e Esporte (Cuca) da Barra do Ceará, órgão mantido pela Prefeitura de Fortaleza. Uma das atrizes admitiu que participou de uma simulação de sexo, seminua. Raphael inicialmente negou o caso, mas depois admitiu sua “inexperiência” no ramo, e que uma das jovens fez mesmo o teste, porém sem penetração.

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