Impeachment de Trump: senadores aprovam constitucionalidade do processo

Foto: Senate Television via AP

A maioria do Senado dos Estados Unidos decidiu nesta terça-feira (9) que o processo de impeachment contra o ex-presidente Donald Trump é constitucional. O julgamento, portanto, segue adiante rumo à votação dos senadores. A constitucionalidade do processo foi aprovada por 56 votos a favor contra 44 contra. O número indica que dificilmente Trump será condenado, uma vez que, para a cassação, são necessários 67 votos favoráveis dos senadores, que atuam como jurados do julgamento.

Apesar de o mandato de Trump já ter sido concluído, os senadores, caso decidam condená-lo, podem optar por retirar seus direitos políticos, o que impediria que ele volte a se candidatar no futuro. Advogados do republicano defendem que Trump não pode ser condenado por já ter deixado o cargo. Mais cedo, os parlamentares reviveram, a partir de imagens, os momentos de terror da invasão do Capitólio americano neste primeiro dia de julgamento do impeachment de Trump

Os promotores acusam o agora ex-presidente americano de incitar os violentos atos de 6 de janeiro, e apresentaram fotos e vídeos do ataque à sede do Congresso dos EUA em seus argumentos iniciais. O deputado democrata Jamie Raskin, o principal dos oito promotores do impeachment, disse que Trump é o responsável direto pelo que ele chamou de “exceção de janeiro”.

O congressista Joe Neguse, o mais jovem promotor em um impeachment presidencial na história dos EUA, argumentou que o julgamento de Trump é constitucional e que os pais fundadores do país nunca citaram, na Constituição americana, que ex-presidentes não poderiam ser processados.

Trump é o único presidente na história dos EUA a ter sido condenado duas vezes pela Câmara.

A previsão é de que o atual julgamento seja mais rápido que o primeiro, que se arrastou por três semanas. Em 2020, Trump enfrentou seu primeiro processo de impeachment quando a Câmara o condenou por obstrução ao Congresso e abuso de poder, mas acabou inocentado pelo Senado. O presidente dos EUA, Joe Biden, disse nesta terça em conversa com jornalistas – pouco antes do início da sessão –, que não vai assistir ao julgamento de seu antecessor e que isso é trabalho do Senado. Veja mais em G1

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