“Nós estamos construindo uma nova sede e uma clínica”, explicou o médico. “Se passando por mim, disse que eu tinha perdido meu telefone durante o final de semana, para justificar o número diferente. Disse que tinha passado na obra e precisava do dinheiro para pagar despesas que tinham surgido”, contou o médico.

Ao todo, R$ 6 mil reais foram depositados nas contas indicadas pelo estelionatário. Cerca de metade desse valor foi recuperado pela entidade.

O médico afirmou que vai registrar o caso na Polícia Civil na tarde desta quinta-feira (23). Ele chegou a procurar a Delegacia de Plantão, na quarta (22), mas foi informado que o caso precisa ser informado à delegacia especializada neste tipo de crime. “É impressionante como uma coisa tão boa, como é a tecnologia, possa ser usada para roubar de quem tanto precisa”, comentou.

Já a Casa Durval Paiva, que atende a crianças com câncer, divulgou uma nota nesta quarta para alertar a população quanto ao golpe. “A Casa Durval Paiva vem a público informar que tem sido veiculado pelo whatsapp um perfil falso de Rilder Campos, presidente da Casa, com mensagem solicitando doações para a instituição”, destacou.

“A Casa Durval Paiva não utiliza dessa ferramenta para angariar recursos, nem credencia terceiros para pedirem doações em seu nome. Não recebemos tais valores e não somos responsáveis por esta prática. Quem receber tal mensagem considere como um golpe”, pontou a instituição, que recomendou que as pessoas denunciem qualquer tentativa nesse sentido à polícia.

Ao G1, Rilder Campos afirmou que a tentativa de golpe aconteceu nesta quinta (23). O criminoso ligou para a instituição se passando por ele e conseguiu o contato dos responsáveis pela contabilidade. A partir daí, mais uma vez usando o Whatsapp, o criminoso afirmou à equipe que havia trocado de telefone, para justificar o número diferente.

“Ele disse que precisava de um pagamento urgente, que seria reposto depois”, pontuou. Porém os profissionais suspeitaram e ligaram para o diretor, para confirmar o pedido.

Crimes semelhantes já foram aplicados no Rio Grande do Norte. Em 2016, um criminoso se passou pelo padre Antônio Nunes, um dos mais conhecidos no estado, para pedir doações a empresários e políticos potiguares. Às vítimas, o estelionatário informava que as doações atenderiam a crianças com leucemia.