Israel ataca alvos na Síria e mata ao menos 57 pessoas; alvos são pontos importantes para as relações entre milícias sírias e forças do Irã

Foto: Jalaa Marey/AFP

Israel lançou, na quarta-feira (13), um dos ataques aéreos mais violentos contra alvos na Síria desde o começo da guerra no país, em 2011, e deixou 57 mortos, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Nos últimos dias do governo de Donald Trump nos Estados Unidos, Israel tem acelerado os ataques contra a Síria, especialmente contra locais onde há aliados dos iranianos. O presidente norte-americano tem uma política agressiva contra o Irã, que deve ser abandonada quando Joe Biden assumir o poder no dia 20 de janeiro.

Segundo a agência de notícias síria Sana, Israel atingiu alvos em dois locais:

  • A cidade de Al Bukamal, que fica perto da fronteira com o Iraque e pela qual passa a principal rodovia que conecta o Irã à Síria;
  • A província de Deir al Zor, onde há presença de milícias ligadas à Guarda Revolucionária do Irã.

A aviação israelense realizou pelo menos 18 incursões nas regiões, de acordo com o OSDH. Os paramilitares mortos pertencem ao movimento libanês Hezbollah e às Brigadas Fatimid, que têm combatentes afegãos pró-iranianos, operando na região, segundo o OSDH.

Em novembro, ataques semelhantes no leste da Síria mataram pelo menos 19 entre as milícias pró-Irã, de acordo com a ONG. A agência oficial síria SANA informou de bombardeios israelenses noturnos no leste do país, sem oferecer mais detalhes.

Esta é a segunda rodada de bombardeios de Israel em menos de uma semana na Síria. A última foi no dia 7 de janeiro e visou posições no sul do país e ao sul de Damasco, a capital, onde três combatentes pró-iranianos foram mortos. Em 2020, Israel bombardeou 50 alvos na Síria, de acordo com um relatório anual divulgado no final de dezembro pelos militares israelenses. Veja mais em G1

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