Itep começa coleta de impressões digitais de 8 mil presos no RN; ação vai alimentar base de dados que poderá ser usado para resolução de crimes
Foto: Reprodução/G1RN
Uma ação iniciada nesta segunda-feira (9) deverá coletar as impressões digitais de cerca de 8 mil homens e mulheres presos no sistema penitenciário do Rio Grande do Norte. O trabalho é desenvolvido por meio de uma parceria do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), com a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado. O cadastramento teve início no presídio de Ceará-Mirim, na região metropolitana de Natal.
O projeto deverá alimentar a base de dados de impressões digitais, o que poderá facilitar a resolução de crimes a partir do confronto papiloscópico. As digitais cadastradas poderão ser comparadas com as encontrados em cenas de crimes, por exemplo. De acordo com o Itep, a ação é inédita no Brasil e tem o objetivo de evitar casos de falsidade ideológica e impedir que pessoas inocentes paguem por crimes no lugar dos verdadeiros culpados.
No planejamento do governo, as coletas irão acontecer em todos os presídios do Rio Grande do Norte. Segundo o diretor do Itep, Marcos Brandão, o trabalho deverá durar pelo menos seis meses, visto que o próprio sistema penitenciário possui restrições. Em Ceará-Mirim, as coletas só serão feitas nos dias de segunda e sexta-feira.
“O trabalho de fato é inédito e muito importante, pois com essa coleta iremos aliar a impressão digital ao DNA, o que irá favorecer muito as ações integradas entre os órgãos que fazem parte do sistema estadual de segurança”, comentou Marcos Brandão
“Posso resumir este trabalho com uma palavra: confiabilidade. Todos os sistemas de identificação têm que ser confiáveis, e é isto que estamos querendo aqui no Estado”, ponderou o juiz Henrique Baltazar dos Santos, titular da Vara de Execuções Penais de Natal e coordenador criminal do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Prisional do Rio Grande do Norte.
Para o secretário de Administração Penitenciária, Pedro Florêncio Filho a coleta de dados biométricos “vai trazer efetivamente mais segurança, controle e transparência ao sistema prisional”.
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