Jovem que pulou duas vezes de ponte em Caicó continua hospitalizada e recebe autorização de transferência para Natal

Vitória Maria Alves da Silva, 22 anos de idade, é bastante querida pelos servidores do Hospital Regional do Seridó, em Caicó, onde está desde que pulou da ponte de acesso à Ilha de Santana nessa sexta feira, 22, mas vive um trauma, que segunda ela, difícil de superar… sozinha, sem pai, mãe e qualquer outro parente: “Não consigo me acostumar viver sozinha, sem nenhum familiar do meu lado. Isso é dolorido demais”, ressaltou Vitória sob lágrimas.

A menina humilde, mas de grande coração e bastante querida em Caicó, fez um pedido especial ao blog Jair Sampaio: “Quero uma pessoa (acompanhante) para ir comigo para Natal, Jair”. Ela comoveu a todos que estavam com na sua ala hospitalar na noite dessa sexta feira com esse pedido, e aqui reforçamos o desejo da Vitória, até porque é exigência e protocolo da SESAP. A situação da jovem é delicada e realmente precisa de alguém para acompanhá-la até à capital do Estado.

É a segunda vez que Vitória pula da ponte de acesso à Ilha de Santana. Ela disse ao blog que apesar das inúmeras ajudas que recebe, sente falta do carinho da mãe, que é usuária de drogas e vive nas ruas, e por isso não consegue conviver com a mesma. Em todas as frases citadas, Vitória invocou várias vezes o nome mãe, e é nítida a dor pela ausência do carinho materno na jovem, que luta agora para não perder os movimentos dos membros inferiores, já que houve um forte impacto lombar.

Vitória agradeceu muito a nossa presença no hospital, e deixou clara a sua intenção: “amizade, família e carinho”. Uma parte dessa história só está sendo possível ser contada por pedido da própria Vitória, que agradeceu também o imenso carinho que tem recebido no hospital. De acordo com Roana, ex-colega de escola de Vitória e enfermeira no HRS, “todos os dias ela vai àquela unidade hospitalar conversar com a equipe de assistentes sociais, onde também se alimenta”.

Por fim! Vitória é uma menina do bem, que nunca fez mal a ninguém, e mora sozinha próximo à Catedral de Santana, e infelizmente é vítima de desamparo familiar, mas é visível sua luta incessante por inclusão social, apesar da ausência do seus pilares: pai, mãe e avós.

1 Comentário

Maria da Paz Soares- Diana

abr 4, 2022, 9:28 am Responder

Os órgãos competentes deveriam procurar a mãe dela e oferecer ajuda para ela sair das drogas caso ela demonstre vontade. Acho que esse é um dos passos importantes, mostrar a mãe o que a filha sofre sem ter ela lúcida e presente e saber se ela quer tratamento. Quanto a acompanhante, acredito que alguma amiga vai encontrar disponibilidade e vontade de vir acompanhando ela no hospital. Caso não encontre entre amigos, encontrará entre desconhecidos. Eu moro em Natal mas se for preciso me voluntario.

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